O número de mortes por overdoses de drogas nos Estados Unidos bateu recorde, enquanto o país direcionava esforços para conter a pandemia de COVID-19. De acordo com o Departamento de Saúde americano, foram 81,2 mil mortes por overdoses em um ano, o maior número já registrado no país.

Os dados foram colhidos entre junho de 2019 e maio de 2020. Em relação aos doze meses anteriores, houve um aumento de 18,2%. As drogas mais utilizadas são o fenantil (opioide sintético cujo consumo cresce cada vez mais nos EUA), a metanfetamina e a cocaína.

De acordo com as autoridades, “o aumento nas mortes por overdose de drogas parece ter sido acelerado pela pandemia de COVID-19”, já que “o maior aumento foi registrado de março a maio de 2020, coincidindo com a implementação de amplas medidas de mitigação da pandemia de COVID-19”.

Resultado previsível

O Departamento de Saúde americano ressalta que as medidas contra a pandemia aumentaram, indiretamente, o número de vítimas de overdoses. De acordo com o Bispo Renato Cardoso, esse é um resultado que poderia ser previsto:

“Não é preciso pensar muito para entender a relação entre o aumento dos vícios, overdoses e uso de qualquer tipo de vício e o estresse causado pela pandemia e as medidas relacionadas, como lockdown, quarentena, perda de emprego e outras coisas, sem contar o vírus em si. Porque o vício é um escape. Quando a pessoa está estressada ela corre para o vício dela. Isso é natural, é normal para o viciado”.

Dessa maneira, em 2020, os vícios foram agravados no mundo inteiro. O estresse, a ansiedade e as diversas perdas fizeram com que os dependentes se entregassem mais ainda ao seu vício, fosse ele de drogas lícitas ou ilícitas, vício em pornografia ou qualquer outro.

Vício tem cura

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