“Entrei em um aplicativo de namoro em busca de um relacionamento”

Imagem de capa - “Entrei em um aplicativo de namoro em busca de um relacionamento”

Durante o programa Escola do Amor Responde, a aluna Luana disse que terminou um namoro e, em seguida, teve outro que durou pouco. Depois dessas experiências, ela contou que alguns homens apareceram em sua vida, mas nenhum despertou sua atenção. Então, ela resolveu entrar em um aplicativo de relacionamentos e pediu a opinião de Renato e Cristiane Cardoso sobre o que viveu.

ALUNA – Tenho 25 anos e moro em Betim, em Minas Gerais. Terminei um namoro e depois tive outro que durou dois meses e meio. Depois dessas experiências, alguns homens apareceram na minha vida, mas nenhum chamou minha atenção. Então, há três semanas, resolvi entrar em um aplicativo de relacionamento em busca de um homem mais velho, que já tenha estabilidade financeira e psicológica e more perto de mim. Conheci dois homens: a conversa não fluiu com um deles e, o outro, de 32 anos, aparentemente tinha tudo que eu queria, mas, durante a conversa, ele falou muito sobre sexo e me pediu fotos. Diante disso, eu o questionei para saber qual era sua intenção e ele se sentiu ofendido, disse que eu estava duvidando do seu caráter e me bloqueou. O que eu faço: desisto do amor?

RENATO – A primeira coisa que você precisa fazer é sair desse aplicativo, porque você já fez o mais difícil, que foi se arriscar a conhecer uma pessoa por meio de um aplicativo conhecido por ter usuários que estão apenas à procura de uma noite ou de um parceiro sexual. Há quem diga que é um aplicativo de relacionamentos, mas a maioria dos inscritos está em busca de aventuras, casos ou parceria sexual. Você já fez o mais custoso, mas você ainda não fez o que é mais inteligente. Pare de fazer o que é errado. O desespero e a ansiedade estão levando você por caminhos errados e caminhos errados a levam a pessoas erradas.

CRISTIANE – Ao usar esse aplicativo, é como se você fosse para a balada para arrumar um marido, mas todos vão para a balada para curtir e ficar com um monte de gente. Ninguém vai para a balada para arrumar alguém que tenha valores ou que queira se casar.
Renato – Você começou a conversar com esse homem no aplicativo e ele só falava sobre sexo, mas, quando você o questionou sobre isso, ele se ofendeu. Em que mundo estamos? É você quem deveria ter se ofendido. Como pode um homem que ainda nem encontrou a mulher falar sobre sexo com ela e pedir fotos?

CRISTIANE – Só pelo fato de você estar nesse aplicativo, esses homens se acham no direito de falar desses assuntos. Se você está procurando um relacionamento em aplicativos como esse é porque não tem padrões. Você não conhece os padrões ou os pais das pessoas que encontra nesses aplicativos, pois eles estão abertos a qualquer um.

RENATO – Você está sendo movida pela ansiedade. Seu problema não é a idade, pois você tem apenas 25 anos. Seu problema não é falta de homens adequados, mas a ansiedade que vem de seus antigos namoros e dos quais você ainda não se curou. Você está procurando alguém que a faça se sentir bem, mas você tem que fazer isso sozinha.

CRISTIANE – Você procurou uma pessoa mais velha e fez questão disso porque julga que os outros homens não eram tão bons assim. Entretanto você está fazendo tentativas que não farão diferença em sua vida.

RENATO – O problema é que você não está bem sozinha. Seu desespero está levando você a caminhos extremos só para encontrar alguém que a faça se sentir amada. É aquela velha história: se você vai ao supermercado com fome, qualquer porcaria serve, porque você está com fome. Essa sua carência de ter alguém a leva a se sujeitar a qualquer um. Você deu liberdade para um homem que queria apenas sexo, mas depois percebeu que ele só queria usar você. Você tem que desistir dos erros e não do amor. Primeiro, você deve tratar a ansiedade e a carência para depois ter condições de procurar uma pessoa com critérios adequados para estar com você. Trate primeiro de si mesma. E, se quiser usar um aplicativo, busque o Quero te Conhecer, que é exclusivo para membros da Universal e reúne pessoas com propósitos semelhantes.

imagem do author
Colaborador

Kaline Tascin / Foto: fpinstock/getty images /montagem sobre foto por Edi Edson