Em São Paulo, começam os testes da vacina de Oxford contra COVID-19

Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar os testes com a vacina. Voluntários são profissionais da área da saúde

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Os testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) contra a COVID-19, em voluntários brasileiros, começaram no fim de semana último. O anúncio feito, na segunda-feira (22), pela Fundação Lemann, que financia o projeto no custeio da infraestrutura médica e equipamentos necessários.

Numa primeira fase da pesquisa foi realizada a triagem de testes sorológicos nos voluntários. Para receber a vacina, o candidato deve apresentar sorologia negativa para a infecção pelo vírus, ou seja, não pode ter contraído a COVID-19. As aplicações da vacina em si começaram na terça (23).

Inicialmente realizados na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os testes também devem ser feitos na Rede D’Or, no Rio de Janeiro. Os voluntários em São Paulo são profissionais da área da saúde, entre 18 e 55 anos. Além de outros funcionários que atuam no Hospital São Paulo, ligado à Escola Paulista Medicina da universidade.

No início do mês, a Unifesp informou que os testes com voluntários brasileiros contribuiriam para o registro da vacina no Reino Unido, previsto para o final deste ano. A solicitação da fase 3 de testes clínicos em humanos no Brasil foi feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela farmacêutica AstraZeneca.

O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar os testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. Ademais, um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia do novo coronavírus estar em ascensão no País. A vacina é uma das 13 em todo o mundo que já estão em fase de testes em humanos.

Coronavac

Outra vacina para o combate ao novo coronavírus que será testada no Brasil é a desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. Chamada de Coronavac, os testes dessa vacina no País devem começar em breve, em uma parceria entre a empresa e o Instituto Butantan, conforme anunciado pelo Governo do estado de São Paulo.

O estudo prevê ensaio clínico com nove mil voluntários a partir de julho desse ano, após autorização da Anvisa. Caso a vacina seja bem-sucedida, o acordo prevê a possibilidade de ser produzida localmente pelo Butantan. Anúncio feito recentemente, se referindo às fases 1 e 2 da pesquisa, mostrou que 90% dos testados com a vacina produziram anticorpos.

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Colaborador

Redação / Foto: Getty Images