A aluna Mariana entrou em contato com os professores Renato e Cristiane Cardoso, durante o programa Escola do Amor Responde, para contar que assistiu a um vídeo em que o casal explicou até onde lutar por um casamento. No entanto, ela não conseguiu se enquadrar nos ensinamentos. Mariana e o companheiro não são casados na Igreja, mas têm um filho juntos e moram em casas separadas. Ela afirma que não está mais aguentando o relacionamento, pois o companheiro não se importa com ela e é muito frio. Além disso, ele disse que não sabe o que sente pela aluna.

MARIANA – Assisti a um vídeo em que vocês falavam sobre até que ponto deve-se lutar por um relacionamento. O conteúdo mostra exatamente o que estou passando com meu companheiro, mas eu não me enquadro em nenhuma das duas opções sugeridas: uma delas era terminar o relacionamento, se fosse um namoro; a outra, se fosse casamento, era lutar ou desistir. O problema é que não somos casados na Igreja, mas temos um filho juntos. Moramos em casas separadas e meu relacionamento com ele é uma luta diária. Durante uma briga que tivemos hoje, eu disse que não aguentava mais e perguntei o que ele sentia por mim. Ele respondeu que não sabia, foi a gota d’água. Ele não se importa comigo, não dá a mínima para mim. Não consigo entender os planos de Deus e não sei se devo tentar mais porque ele é pai do meu filho, ou se devo desistir, pois ele não muda. Já tentei muito, ele é frio e nunca aceita conversar.

CRISTIANE – Você não está em um relacionamento, você teve um filho com esse homem. É só isso, não há compromisso, relacionamento, namoro. Não é noivado nem casamento. É conveniência, não para você, aluna, mas para ele, porque vocês tiveram sexo e ele é pai do seu filho. Por esse fato você acha que está presa a esse homem, mas você não está. Não é porque ele é pai do seu filho que você tem que ficar presa. Se ele é uma pessoa que não se decide, você tem que dar um corte nesse relacionamento, porque ele não existe.

RENATO – Se você quer dar uma última chance, o primeiro passo é lutar da maneira certa, porque, provavelmente, você quer a coisa certa, ou seja, quer que ele assuma você e o seu filho e que vocês se casem e morem juntos. Entretanto, você cobra isso de maneira errada. Eu sei que a frustração, muitas vezes, tira a pessoa do sério e atua no emocional dela. Você disse, por exemplo, que no meio de uma briga, perguntou o que ele sentia por você. É uma pergunta errada na hora errada. Naquela hora, o que ele iria falar? Você está lutando com as armas erradas. Primeiro você tem que lutar por você, deixar esse homem e fazer com que ele cumpra, por enquanto, a responsabilidade de cuidar do filho financeiramente, a responsabilidade de pai. Dê espaço para ele cuidar e sentir falta de você. Você só sabe que uma pessoa te ama de verdade quando dá liberdade a ela. Quando você tenta na força do braço fazer a pessoa ficar com você e casar, como vai saber se ela ficou com você porque quis? Você tem que dar liberdade de escolha e, enquanto isso, trabalhar em você. Não estou dizendo que vai esperar por ele a vida toda, mas no momento em que você para de brigar, você dá espaço para cuidar de si e espaço para o outro decidir se quer estar com você. Quando ele vier te procurar, diga que se ele quiser você, vai ter que aceitá-la como esposa. Se ele entender que para tê-la vai ter que sentir sua falta, e não só falta de sexo, mas em todos os sentidos, você coloca limites para começar um relacionamento da forma certa. Você precisa buscar ajuda.

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