Ela vivia entre alegrias passageiras e o vazio constante

Durante anos, a arquiteta Priscila dos Santos lutou contra a carência e a tristeza até encontrar a paz e a verdadeira felicidade

A arquiteta e urbanista Priscila dos Santos Lorencini, de 38 anos, hoje não vê problemas em morar em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, mas nem sempre foi assim. Ela conta que já na infância passou a condicionar a felicidade a pessoas e lugares. “Meu pai escolheu morar distante do restante dos familiares dele e da minha mãe, então eu achava que os momentos felizes eram quando podíamos passar uns dias na cidade dos meus avós com toda a família ou quando eles vinham nos visitar.”

Ela diz que cresceu se sentindo muito carente e que se apegava facilmente a outras pessoas. Ela considera que foi uma adolescente precoce, pois seu primeiro namoro foi aos 12 anos. “Eu estava sempre com alguém, buscando preencher aquela carência que se arrastava desde a infância. Era como se eu vivesse aquele bordão: ‘solteira sim, sozinha nunca’. E assim eu ia me entregando a várias pessoas, as usando e sendo usada, cavando um vazio cada vez mais profundo dentro de mim mesma”, cita.

Priscila relata que frequentou algumas igrejas, mas nunca teve um Encontro com Deus. “O período da faculdade foi a minha pior fase: eu me envolvi com pessoas erradas, passei a beber e a buscar em baladas, amizades e sexo alguma satisfação. Eu queria fazer tudo que eu podia, fosse certo ou errado. Experimentava de tudo com a desculpa de que a beleza do ser humano é ser livre, mas me lembro que, quando estava sozinha, principalmente no trânsito, voltando para casa, eu chorava desesperadamente porque me sentia presa a uma vida de momentos e nada daquilo me satisfazia inteiramente. Eram apenas alegrias passageiras, seguidas de muita tristeza, dor e vazio.”

Certo dia, ela conheceu um rapaz e suas esperanças foram renovadas: “acreditei que ele era o meu herói, um bote salva-vidas que Deus teria enviado para me libertar daquela vida de erros e solidão. Larguei tudo de errado, parei de beber e aos poucos me afastei de tudo que ameaçava a nossa união. Com alguns meses de namoro fomos morar juntos e logo depois nos casamos. Eu estava tão feliz que até me questionava se merecia aquela felicidade, mas eu não tinha paz, pois o medo de perdê-lo me assombrava”, lembra.

Depois de dois anos, um desgaste na relação provocou o fim do casamento. “Senti como se tivessem tirado tudo de mim, eu estava sem chão e esse foi o meu fundo do poço. Eu só chorava e pensava em morrer, vomitava tudo que comia e perdi muito peso. Sozinha, eu pedia a Deus que me ajudasse, mas não via uma saída. Eu estava há pouco tempo em um emprego novo e lá uma amiga preciosa me falou do Senhor Jesus e disse que, se havia um lugar onde eu poderia ser ajudada, esse lugar era a Igreja Universal do Reino de Deus”, conta.

O foco certo
Menos de 15 dias depois do divórcio, Priscila entrou pela primeira vez na Igreja Universal, em janeiro de 2017. “Eu cheguei chorando, sem saber que já estava no meio de uma reunião de terça-feira, me juntei à multidão que passava pelo corredor debaixo da cruz e ali tive um Encontro com Deus. Naquele mesmo dia enxerguei uma saída e meu coração se encheu de coisas boas”, afirma.

Priscila pegou firme nas reuniões. “Comecei a buscar a Deus de uma forma racional, então, as doenças no meu corpo sumiram sem que eu percebesse e me libertei de fraquezas e compulsões que antes nunca tinha conseguido vencer.” No mesmo ano, ela recebeu o Espírito Santo e encontrou a verdadeira felicidade. “Daquele dia em diante eu não chorei mais e a angústia que gritava dentro de mim e me oprimia perdeu totalmente a voz”, finaliza.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: EVG Digital Ipiranga SP e cedida