Ela marcou a data para seu suicídio

Ketelyn Freitas sofreu tanta violência na infância que decidiu tirar a própria vida. Saiba o que a impediu de concretizar os seus planos

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O pai de Ketelyn Freitas a abandonou quando ela era bebê, mas tentou uma reaproximação quando ela estava com cinco anos. A esposa dele, porém, não gostava dela e realizou um ritual comum em várias religiões: ela jogou pó de pemba (um pó fino feito de calcário) em Ketelyn.

Ketelyn chegou na casa de sua mãe com coceira, cheia de feridas e com muita dor por causa do ritual. Sua mãe precisou levá-la ao hospital para que recebesse cuidados. Para se livrar das consequências do ritual, mãe e filha foram à Universal, mas frequentaram a Igreja por pouco tempo.

Infância violenta

Os anos seguintes foram de sofrimento para Ketelyn, que hoje tem 22 anos e é operadora de caixa. Ela conta que sua mãe saía para trabalhar e, em casa, o padrasto e o irmão a agrediam, o que deixava hematomas em seu corpo. Ela conta como reagiu a isso: “Tudo o que eu queria era fazer o mesmo com eles, mas, como não podia, passei a me agredir. Eu comecei a me esmurrar. Eu lembro que eu esmurrava a parede e me batia muito com raiva deles.”

Ketelyn não entendia por que sua vida era tão ruim e, em busca de algum alívio, passou a cultivar más amizades e a se envolver com vários garotos, a ponto deles fazerem fila para beijá-la. “Vinha um e me beijava, saía e vinha outro. Eu nunca me sentia satisfeita. Sempre me sentia vazia, triste e sozinha. Eu não via futuro nem perspectiva de vida para mim”, afirma.

Com o passar do tempo, Ketelyn passou a ter depressão e sua vontade era de apenas ficar em um quarto escuro e fazer planos para se matar. Ela conheceu a automutilação pela internet, passou a se cortar e a marcar no corpo as iniciais das pessoas que lhe faziam mal.

A quebra da maldição

Quando já tinha marcado a data para o suicídio, ela recebeu o convite para voltar à Universal. Ela diz que se entregou a Deus e se libertou da maldição. A partir daí, ela reconstruiu seu interior, abandonou tudo que não lhe fazia bem e, por fim, recebeu o Espírito Santo. Ela relata como vive hoje: “Tenho paz, alegria verdadeira e minha família é abençoada. A minha vida era de maldição, mas se tornou a própria bênção”, conclui.

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Colaborador

Camila Dantas / Foto: Reprodução