Ela ia se jogar nos trilhos do metrô

Gabriela Machado teve depressão após o fim de um namoro. Mesmo reconhecendo que precisava de ajuda, ela demorou para buscar Quem poderia ajudá-la

Imagem de capa - Ela ia se jogar nos trilhos do metrô

Mesmo que tenha sido ensinada pela mãe, desde a infância, a colocar a fé em ação e a ser fiel a Deus, Gabriela Machado decidiu se afastar da Universal quando tinha 12 anos. Ela logo começou a se envolver com más amizades, a mentir, a falar palavrões e a brigar com a mãe e o padrasto com frequência.

Com a adoção dos novos hábitos, seu rendimento escolar caiu. “Com 16 anos comecei a beber, fumar e ir a baladas com documento falso para comprar bebidas e entrar em lugares que não poderia com a minha idade”, conta ela, que hoje tem 22 anos e é enfermeira. Ela diz que também passou a brincar com os sentimentos de rapazes para preencher o vazio que sentia, até que começou um relacionamento amoroso.

O namoro acabou depois de um ano e isso gerou impactos negativos na vida dela, que não conseguia mais se alimentar, nem dormir ou se levantar da cama para ir à faculdade. Ela diz que só chorava e foi naquele momento que chegou ao fundo de poço: teve depressão.

Vencendo o orgulho
Um dia, Gabriela se forçou a se levantar da cama e ir para a aula, mas, depois de 30 minutos, a felicidade e os risos de seus colegas a deixaram mais deprimida. Então, ela pegou suas coisas e saiu em direção ao metrô. “Chegando lá, eu me sentei no chão da estação e chorei, até que veio uma voz que disse: ‘e se eu me matasse?’ Então me levantei e quando ia em direção aos trilhos, meu corpo ficou paralisado. Eu não saía do lugar e vi o cuidado de Deus ali.”

O episódio a fez perceber que precisava de auxílio, mas ela “era orgulhosa demais para reconhecer que precisava da ajuda de Deus”. Por isso, ela procurou um médico. Gabriela relata que ao entrar no consultório chorou e fez para o médico o desabafo que deveria ter feito a Deus. Segundo ela, a única coisa que recebeu como ajuda foi a prescrição de calmante para dormir e encaminhamento para uma psicóloga.

Ela diz que quando chegou ao consultório da psicóloga pensou que tivesse encontrado a solução: “eu contava tudo a ela, mas, logo, beber ou fumar já não me preenchia mais e a medicina não conseguia me ajudar. Foi aí que recebi o convite para retornar à igreja”.

Casando-se com Deus
Depois de sete anos longe da Presença de Deus, ela ouviu atentamente cada palavra dita na reunião da Universal naquela noite de quarta-feira e entendeu que o único que poderia mudar sua situação era Deus. “Foi quando começou o Jejum de Daniel e vi isso como uma oportunidade. Dei o meu melhor. Me desfiz de coisas, perdoei e pedi perdão. Não foi fácil, mas fiz. O tema era ‘casamento com Deus’, então desde o início eu separei minha roupa e convidei todo mundo para esse dia, como se eu fosse me casar mesmo. No dia, quando o Bispo ministrou a descida do Espírito Santo, fui batizada. Não senti absolutamente nada, mas tive certeza e uma paz que ninguém tira de mim.”

Gabriela concluiu a faculdade, seu relacionamento com a mãe foi restaurado e ela garante que, se pudesse voltar no tempo, teria lutado para conhecer o Senhor Jesus antes. “Ele é quem consola no dia difícil e preenche o vazio. Nada se compara ao amor que o Senhor Jesus me proporciona todos os dias”, finaliza.

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Colaborador

Laís Klaiber / Foto: Demetrio Koch