A marca Doritos demitiu a influencer transgênero Samantha Hudson (foto abaixo), de 24 anos, dois dias depois dela ser chamada para ser embaixadora do produto na Espanha. A empresa descobriu antigas postagens inadequadas em uma rede social. Algumas fazem alusão à pedofilia.

Mais:

• A Doritos disse à Rolling Stones que não tinha conhecimento dessas postagens quando fez a parceria.
• Internautas reagiram compartilhando prints das postagens, criticando e sugerindo boicote à marca.
• Na época, Hudsnon tinha 15 anos e se desculpou pelas postagens, dizendo que “eram pura provocação e de muito mau gosto”. “Naquela época eu me dedicava a falar besteiras, quanto mais pesadas melhor, porque eu achava engraçado aquele ‘humor negro'”, disse.

Atenção:

Atualmente, as redes sociais não são só para entretenimento e interação com as pessoas. Podem ser também parte do seu currículo. É comum que empresas visitem os perfis de funcionários e candidatos para saber o que realmente pensam. Assim, o que publicam e compartilham podem ser determinantes para sua contratação ou demissão como foi acima.

“Tudo o que você posta, comenta, curte e usa em seu perfil fala muito sobre você. Antes de compartilhar algo se pergunte se aquilo vai ajudar ou acrescentar algo à vida de alguém. Se não, para que compartilhar?”, questiona a escritora e apresentadora Cristiane Cardoso.

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O que o especialista diz sobre limites nas redes:

A ansiedade de estar atuante nas redes sociais, dizer tudo o que pensa e receber atenção pode revelar um problema mais profundo.

Para o neurocientista e psicanalista Fabiano de Abreu, “a necessidade de estar nas redes sociais é um pedido de ajuda. Se expor nelas é uma maneira de querer ser visto, de maneira profissional ou como necessidade pessoal. A questão é que somos narcisistas por natureza, faz parte do instinto de sobrevivência sermos vistos e, assim, conquistar o grupo ou o(a) parceiro(a). O ser humano necessita estar em evidência, por isso usa as redes sociais como essa fonte de alimentar o seu próprio ego”.

A humanidade nunca esteve tão conectada e dependente dos smartphones. Hoje, este pequeno aparelho é utilizado para comunicação, trabalho, estudo, entretenimento, movimentações financeiras, transporte… a lista é infinita. Por isso, muitos desenvolvem a necessidade de estar sempre com ele em mãos e a bateria carregada. Do contrário, a sensação é de que “falta algo”.

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