Dois tipos de adoção

Ao saber que não era filha biológica, Vanda Badini se viciou em drogas e bebida, mas a segunda adoção mudou totalmente sua vida

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A infância da empresária Vanda Badini, de 62 anos, foi um período feliz e no qual seus pais lhe deram tudo que precisava. Até que, aos 11 anos, ela descobriu que era adotada e tudo mudou: “me envolvi com as drogas, como maconha e cocaína, e bebidas. Dei muito trabalho aos meus pais.

Fui até presa. Sempre bebia, me drogava e estava perdida”. No intuito de ajudá-la, sua mãe a internou em uma clínica de recuperação por um ano, mas, assim que saiu de lá, ela voltou para os vícios.

Já adulta, ela se mudou para São Paulo, onde, apesar de ter se casado, continuou bebendo e indo a festas com amigos. Foi quando uma amiga propôs que fossem à Universal. “Eu falei: ‘naquele ladrão? Você é louca. Bando de pastor que rouba todo mundo. Aquele povo junta todo o dinheirinho e vai lá dar para ele, naquela sacola. Você não viu na reportagem? Ele roubou lá no estádio’”, afirma.

Olhando para si
A insistência da amiga superou o preconceito de Vanda, que aceitou o convite. Ela revela que foi ressabiada, deixou a carteira em casa, mas se sentou no primeiro banco para ver o que realmente acontecia ali. “Fiquei escutando o pastor. Ele foi falando e suas palavras trouxeram paz para mim. Fui embora, deitei e dormi”, diz. Na manhã seguinte, ela percebeu que estava diferente, decidiu ler a Bíblia e a abriu na passagem de Josué 1.9: “… Esforça-te, e tem bom ânimo”.

Com o desejo de mudar com o Deus Vivo que lhe fora apresentado na Universal, ela retornou à Igreja e passou a frequentar as reuniões às quartas, domingos e sextas. Em seguida, decidiu se batizar nas águas e passou a buscar o batismo com o Espírito Santo. Ela reconheceu que era uma pessoa orgulhosa, teimosa e cheia de mágoa e decidiu mudar. “O Espírito Santo é o próprio Deus dentro de você. Como Ele vai entrar em uma casa suja?”, questiona.

Ao ser batizada com o Espírito Santo, ela não sentiu nenhuma emoção, mas a certeza de que Deus estaria com ela em todos os lugares e que seria o Pai de que precisava. Hoje, ela serve a Deus como voluntária, tem uma família abençoada e uma vida próspera, graças ao Pai que a adotou. “Eu fui abandonada quando pequena, mas adotada por um Pai maravilhoso. Ele cuida de mim 24 horas por dia, me dá a direção em tudo o que eu fizer e, mesmo quando tenho problemas, Ele sempre me dá o escape. Ele é meu amigo”, reflete.

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Colaborador

Laís Klaiber / Foto: reprodução