Comemorado em 17 de novembro, o Dia Nacional de Combate à Tuberculose destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Embora seja uma doença curável e exista vacina disponível, inclusive a dose única é administrada após o nascimento, os índices continuam preocupantes, o que exige atenção contínua da sociedade e dos órgãos de saúde.

Números que preocupam

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,25 milhão de pessoas morreram em decorrência da tuberculose em 2023, sendo que 161 mil também viviam com HIV. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou mais de 80 mil novos casos da doença no mesmo período, com uma média alarmante de 14 a 16 óbitos por dia.

Reflexos da pandemia

Para o infectologista Marcelo Neubauer, o aumento no número de casos pode estar relacionado aos impactos da pandemia de covid-19. Ele diz que o período foi marcado pela redução nos diagnósticos e pela interrupção de tratamentos, o que contribuiu para o avanço da doença. “Muitas pessoas deixaram de procurar os serviços de saúde e a pandemia também afetou a oferta de vacinas”, afirma.

Falta de cuidado e riscos de transmissão

Ele alerta ainda para fatores que favorecem a disseminação da tuberculose, como a convivência em ambientes fechados, falhas no diagnóstico e a negligência por parte de pessoas infectadas. “Ao perceber sintomas como febre, emagrecimento sem causa aparente ou tosse por mais de quatro semanas, procure um médico. O tratamento correto é essencial para sua saúde e para proteger quem está à sua volta”, orienta.

Confira, na ilustração abaixo, todos os detalhes da doença.

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