Dia do Jornalista. Temos o que celebrar?
Data é lembrada em momento difícil da imprensa nacional
No Brasil, em 7 de abril é celebrado o Dia do Jornalista. A data serve para homenagear profissionais que dedicam suas vidas a informar a população sobre o que acontece na sociedade. Mas será que o jornalismo brasileiro tem hoje o que celebrar?
Jornalistas devem ser éticos e imparciais, dizem as regras da profissão. Entretanto, a cada dia mais veículos de comunicação se colocam a serviço de grandes empresas, partidos políticos e ideologias que os desviam da retidão que o verdadeiro jornalismo exige.
Em artigo publicado em seu site, o historiador e filósofo Olavo de Carvalho, que já trabalhou como jornalista nos maiores jornais do País, explica que a ligação entre jornalismo e esquerdismo nasceu durante o Regime Militar no Brasil. Na ocasião, a aliança fazia sentido em um momento em que se lutava pela liberdade de expressão. No entanto, segundo Carvalho, há muitas décadas já não há razão para que o jornalismo venda sua imparcialidade ao esquerdismo.
“Mas hoje essa aliança domina o País inteiro”, explica Carvalho. “Nunca, ao longo de todo o período militar, a esquerda esteve tão amordaçada quanto a direita conservadora, especialmente religiosa, está hoje na grande mídia”.
De acordo com ele, a ideologia da esquerda “é a mentira estrutural que está na raiz de todas as degradações do jornalismo brasileiro. É a proibição total da sinceridade”.
Há exceções, afirma o filósofo. Veículos de comunicação que se mantêm íntegros. Infelizmente, porém, o trabalho da maioria é “criar ressentimento e ódio no povo para produzir uma revolução e tomar o poder”. Esses jornalistas jogam “a culpa de tudo sobre alvos previamente selecionados, destinados a perecer como bodes expiatórios numa futura carnificina redentora”.
Separe informação de opinião
Já a jornalista Patrícia Lages, em sua coluna no R7, destaca que “A postura de muitos políticos, jornalistas e profissionais de diversas áreas tem sido digna de vergonha. Não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo. Por aqui, chegamos ao cúmulo de ver jornalista tentando calar colegas simplesmente por não gostar de suas posições políticas. Não bastam as big techs censurando postagens e classificando o que querem ocultar como “fake news”, agora também temos jornalista querendo calar a própria imprensa”.
Segundo ela relata, hoje temos “uma imprensa que cava críticas contra seus adversários políticos crendo piamente que somos completos idiotas”.
Dessa maneira, cabe ao público escolher bem os veículos de comunicação pelos quais se mantém informado. O leitor/ouvinte/telespectador deve separar o que é informação do que é opinião e dar ouvidos apenas a quem realmente se importa em noticiar, acima de qualquer ideologia.
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