“Desde os 7 anos eu já tinha surtos psicóticos”

Guilherme Dias viveu situações conturbadas na infância e em parte da adolescência, mas encontrou a paz em Deus

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O óptico Guilherme Willian de Carvalho Dias, (foto abaixo) de 20 anos, passou por diversos problemas ao longo de sua infância. Ele se recorda que tinha surtos psicóticos desde os 7 anos.

Quando entrou na adolescência, Guilherme começou a praticar artes marciais. O esporte o ajudou a controlar os surtos. Contudo outros transtornos surgiram. “Conquistei diversos títulos em campeonatos, segui a carreira profissional, mas no auge do sucesso passei a ter complexo de inferioridade. Achava que todos eram melhores que eu”, lembra.

Não demorou muito para que os surtos psicóticos voltassem. “Eu esmurrava as paredes e cheguei a me cortar e a me queimar. Em razão disso, tive que fazer tratamento psicológico.”

Depois de um período de tratamento com medicamentos e terapia, Guilherme voltou a praticar artes marciais e treinava cerca de oito horas por dia. Dessa forma, acabou ingressando no campeonato brasileiro de caratê. Isso fez com que ele se tornasse uma pessoa orgulhosa. “O meu orgulho era tão grande que comecei a humilhar as pessoas e me tornei muito agressivo física e verbalmente com meus pais e as pessoas também foram se afastando de mim.”

Fundo do poço
Guilherme tinha acumulado diversas vitórias consecutivas, mas perdeu o último campeonato. Por não saber como lidar com aquele sentimento, ele ficou desorientado. “Naquele momento, me vi sozinho, sem ninguém para me ajudar. Então, fui procurar ajuda nas noites e comecei a frequentar boates de prostituição. O meu envolvimento com a bebida começou com um simples drinque até que cheguei à cachaça. Tudo aconteceu de um modo tão desenfreado que passei a ser comparado a um morador em situação de rua”, diz.

Sem rumo
Guilherme passava três dias fora de casa e, quando retornava, estava com a roupa repleta de urina, fezes e vômito. Ele lembra que até começou a namorar, mas não entendia como sua namorada o aceitava naquela situação. “Eu depositei nela todas as forças que restavam dentro de mim. Entretanto nada mudava e eu continuava sendo aquela pessoa infeliz de sempre, tendo surtos e complexo. Até que decidi colocar um basta na minha vida.”

Guilherme foi para uma rodovia e esperou o primeiro caminhão passar para se jogar na frente dele, mas o socorro Divino o impediu. “No momento que ia me jogar na frente do caminhão, avistei o letreiro da Universal. Parece que uma força fora do normal me arrastou para lá. Quando entrei tinha um pastor de prontidão para me atender.”

Ao frequentar as reuniões na Universal, ele entendeu o verdadeiro significado da vida. “Hoje sou um homem realizado, cheio do Espírito de Deus. Nunca mais senti aquele vazio dentro de mim. Agora o meu maior sonho é ajudar o próximo”, finaliza ele, que é voluntário na Força Jovem Universal (FJU) em Bertioga, litoral de São Paulo.

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Colaborador

Maiara Máximo / Fotos: Arquivo pessoal