“Descobri o quão longe posso chegar com meus sonhos”

Cerca de 52 milhões de brasileiros foram atraídos pelo empreendorismo, entre eles Claudiana Santos. Veja o que ela fez para conquistar o seu negócio próprio

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Ao menos 52 milhões de brasileiros estão envolvidos em alguma atividade empreendedora no País, apontam os dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), elaborados em parceria com órgãos como o Sebrae e divulgados no Empreendedorismo no Brasil – Relatório Executivo 2018.

Considerando que a população brasileira atual é de cerca de 210 milhões, esse número significa que a cada quatro pessoas uma é dona do próprio negócio, levando-se em conta a população economicamente ativa. O levantamento também averiguou que 38% dos empreendedores estão na faixa dos 18 aos 64 anos.

Enfrentando a si mesmo
Um estudo com 1.001 adultos, feito nos Estados Unidos pelo serviço de pesquisa Wakefield Research, com patrocínio da Weebly, constatou que, para aproximadamente um terço deles, a ideia de começar um negócio traz mais medo do que pular de paraquedas. Qual seria o motivo para isso?

É verdade que o Brasil é considerado um país burocrático no que se refere à abertura de empresas. No entanto as dificuldades não podem fazer sucumbir um sonho empreendedor, como demonstram os dados revelados acima.

A resiliência nata para se adaptar às mudanças do cenário econômico e a criatividade são características presentes no DNA do brasileiro e podem ser bons combustíveis na hora de decidir sair da zona de conforto e tirar dos seus sonhos o próprio sustento.

O fato é que para ser empreendedor é preciso mais do que só pensar em ter um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). É preciso colocar ideias em prática e enfrentar os desafios, tendo visão de negócios, ainda que se comece do zero, sem incentivo nem investimento.

Sonho e visão
Esse foi o caso de Claudiana Furtado de Lima Santos, de 27 anos, que abriu mão de seu emprego de coordenadora operacional, no qual atuou por seis anos com gestão de pessoas, para abrir uma confeitaria de doces finos. “Faz um ano que me dedico somente a empreender.

Antes, eu queria muito ser dona do meu negócio, tomar minhas próprias decisões, trabalhar não mais pelos interesses de terceiros, mas para alcançar meus próprios sonhos”, diz.

Ela não começou o próprio negócio porque se sentia frustrada, mas porque acreditava no seu potencial. “Abandonei uma carreira profissional na qual tive oportunidade de crescimento: ganhava ‘xis’ e comecei ganhando menos. Mas fiz tudo com uma certeza: acreditei na Fé e na semente que Deus colocou dentro de mim. Deixei outras oportunidades para tentar e conseguir ter êxito nesse meu negócio.”

Pontapé
Claudiana ressalta que, desde jovem, se aventurava na cozinha, mas considerava que precisava tomar algumas atitudes para desenvolver seu talento. “Acredito mais no meu esforço contínuo para aprender a fazer os doces do que necessariamente no dom. Percebi que as pessoas mais próximas elogiavam bastante minhas receitas: fiz um teste de vendas na faculdade e foi um sucesso. Em seguida, meu esposo começou a levar para vender em seu trabalho e, em poucos dias, minha produção não parava de aumentar. Então, tivemos a confirmação que esse caminho realmente era uma oportunidade”, explica.

Preparação
Por pelo menos um ano, Claudiana pesquisou e se atualizou com informações sobre o mercado escolhido. Para isso, buscava saber tudo sobre o ramo, desde os mínimos detalhes de cada receita até as questões mais burocrática para abrir um empreendimento, legislação e impostos.

Ela também procurou se familiarizar com as oportunidades e as exigências requeridas pelo negócio. “Na hora de colocar em prática, sempre surgem questionamentos e dificuldades. Porém eu estava completamente certa da decisão que havia tomado, o que me fez seguir em frente mesmo com inúmeras limitações. Senti muito medo e insegurança, mas refleti muito sobre o período que trabalhei gerindo e liderando pessoas e vi que aquele era o momento de provar a mim mesma que era uma boa líder e começar a liderar minhas emoções.”

Aliada
Além dos conhecimentos de que já dispunha, Claudiana, contou, sobretudo, com a Fé. “Pela Fé e com as palestras da Nação dos 318 (que acontecem às segundas-feiras em toda a Universal), descobri o quão longe posso chegar com meus sonhos, apesar de, aparentemente, não ter as condições ideais. Deus era Quem iria me capacitar. Hoje, os frutos que tenho colhido me dão motivos suficientes para continuar investindo na Fé e nas palestras. E não me refiro só aos frutos materiais, mas, principalmente, à força interior e à visão diferenciada que tenho recebido”, compartilha.

Para quem deseja empreender, Claudiana revela um segredo que faz toda a diferença: “primeiramente, tenha Deus como seu principal sócio e, para isso, obedeça à direção dEle. Outra dica decisiva é parar de só planejar. Planejar é muito importante, porém colocar em prática o mínimo possível do que planejou é muito mais. Se fosse esperar pelas condições ideais para iniciar meu negócio, certamente ainda hoje eu estaria somente planejando”, finaliza.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Demetrio Koch