"Deportados mas não derrotados"

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Pastores e Bispos da Universal cumpriam em Angola o mandamento do Senhor Jesus: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16.15). Com essa mensagem, teve início o programa Entrelinhas do dia 16 de maio, que enfocou a injustiça cometida pelas autoridades angolanas aliadas aos dissidentes da Igreja que, à força, tomaram posse dos templos e das instalações locais.

O próprio Bispo Edir Macedo foi ao aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, em São Paulo, para receber os missionários que retornaram à pátria natal. Um grande grupo, entoando cantos de louvor, os recebeu como os vencedores que são. Geralmente só atletas e artistas são recebidos assim em um mundo mais apreciador de futilidades do que de aspectos mais importantes da vida.

O Bispo Edir Macedo, obedecendo aos protocolos de segurança, cumprimentou pessoalmente cada um dos recém-chegados e seus familiares. “São heróis da fé, um exemplo para todos os que vêm atrás de nós”, disse na ocasião.

As imagens mostradas pelo Entrelinhas deixam claro que não só os brasileiros são perseguidos pelas autoridades de Angola, mas também os membros e pastores angolanos que permaneceram fiéis a Deus e à Universal, covardemente agredidos a socos, pontapés e golpes de cassetete, além de xingamentos.

Ex-Bispos e ex-Pastores afastados pela Universal por conduta ilegal encabeçaram a invasão dos templos e casas de Pastores e a expulsão dos mesmos, protegidos e apoiados pelas autoridades angolanas, que agem contra as próprias leis de seu país na deportação ilegal dos brasileiros e apreendem até as bagagens, os documentos e telefones de muitos, que chegaram ao Brasil somente com a roupa do corpo.

Por falar em autoridades, a bancada evangélica do Congresso Nacional do Brasil apelou ao chanceler Carlos Alberto Franco França, ministro das Relações Exteriores, para que tome providências sobre o abuso contra brasileiros e a Universal. O ministério já convocou o embaixador angolano em Brasília, Florêncio Mariano da Conceição e Almeida, para dar explicações, o que não ocorreu até o o fechamento desta edição.

O chanceler França disse aos membros da bancada evangélica que o presidente Jair Bolsonaro ficou de entrar em contato novamente com o presidente angolano, João Manuel Lourenço, para pedir que receba uma comitiva de parlamentares e líderes da Universal, que já está sendo organizada pelo deputado Marcos Pereira, presidente do partido Republicanos.

Um grupo dos deportados esteve pessoalmente no Entrelinhas, foi entrevistado pelos Bispos Renato Cardoso e Adilson Silva e relatou os abusos do serviço de imigração angolano na expulsão dos brasileiros, o que o Bispo Renato chamou apropriadamente de “emboscada”.

O Pastor Rodrigo do Carmo falou em nome do grupo e revelou que 34 brasileiros (Pastores da Universal e esposas), inclusive ele, foram chamados ao prédio da Procuradoria-Geral angolana na manhã de 11 de maio para dar depoimentos.

Em obediência às autoridades, o grupo atendeu ao chamado, mas o que os esperava nem de longe eram depoimentos. Eles tiveram seus bens apreendidos e receberam a ordem de deportação – sem base legal, conforme leis internacionais e mesmo a angolana, pois não houve crime ou qualquer justificativa jurídica para tal.

O Bispo Renato encerrou a edição do programa Entrelinhas dizendo que a Universal está dando todo o apoio possível para que os Pastores que ainda estão em solo angolano permaneçam bem e deixou claro que a Igreja espera que as autoridades brasileiras se declarem a respeito do caso.

Voltando às primeiras imagens do Entrelinhas, o narrador se refere muito apropriadamente aos brasileiros recebidos em Cumbica como “deportados, mas não derrotados”. Guerreiros de uma guerra que ainda não acabou, mas que há de ser vencida pelo exército de Deus e não pelo do diabo. Como disse o Bispo Adilson, “os que nos odeiam que esperem para ver”.

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Redação / Foto: getty images