De menores infratores a cidadãos de bem
Conheça o trabalho realizado pelos voluntários dentro das unidades Socioeducativas em todo o Brasil
Nascido no estado de Roraima, o jovem Rian da Silva Saraiva, de 18 anos, assim como tantos outros adolescentes no Brasil, teve uma carreira meteórica no mundo do crime.
Aos 10 anos, teve o seu primeiro contato com as drogas, quando conheceu a maconha. Aos 11 já era um traficante, manuseava com habilidade armas, drogas e dinheiro. Aos 13, cometeu o seu primeiro assalto. E com 15 já tinha sua própria boca de fumo, onde também receptava os objetos roubados.
Para ele, tudo estava indo “de vento em popa” quando, durante um assalto, ele desferiu mais de 20 facadas na vítima que reagiu.
Então, foi levado para a unidade do Centro Socioeducativo onde, após 9 dias internado, cometeu, junto com os companheiros de cela, o primeiro homicídio.
Ao todo, foram três passagens pela unidade. Mas, felizmente, na terceira ele conheceu o trabalho do Universal Socioeducativo. A partir de então, começou o seu processo de transformação.
Uma nova vida
Assim, decidido a sair da vida do crime, ele se batizou nas águas. “Quando eu saí continuei a caminhada da fé aqui fora. Os voluntários me ajudaram e eu segui firme”, diz.
Mas, após ser batizado com o Espírito Santo, que ele teve certeza: “O Rian velho já não existia mais, parecia que eu estava vivendo uma nova vida”, afirma.
De fato. É exatamente isso que acontece com todos aqueles que entregam a vida ao Senhor Jesus, por meio do batismo nas águas. Tornam-se novas criaturas.
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios 5:17

“Hoje eu estou com a vida mudada, não tenho mais pensamentos de roubo e de fazer as coisas que eu fazia antigamente. O meu único desejo é resgatar aquelas almas que estão perdidas, que estão na unidade. E assim como eu venci, você que está preso, vai vencer também. Hoje eu sou voluntário do Socioeducativo, porque nós acreditamos num recomeço”, declara Rian.
Acompanhe abaixo o depoimento completo dele:
Jovens internados no Brasil
Segundo levantamento feito pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça (DMF/CNJ), em 2018, o Brasil tinha mais de 22 mil jovens internados nas 461 unidades socioeducativas em funcionamento em todo o país, na época.
Vale ressaltar que esse número diz respeito apenas aos menores que estão cumprindo medidas socioeducativas em regime fechado.
São Paulo é o estado com maior número de jovens internados. São quase 8 mil. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com mais de 1,6 mil.
De menores infratores a cidadãos de bem
Por isso, o Grupo Universal Socioeducativo há mais de 3 anos vem atuando dentro das unidades, oferecendo a esses adolescentes auxílio social e espiritual, a fim de recuperá-los e reintegrá-los à sociedade.
“O trabalho do socioeducativo tem o objetivo de restaurar esses jovens, transformando-os em cidadãos de bem. Hoje, nós temos mais 3 mil ex-internos com a gente. Muitos trabalham como profissionais autônomos, outros voltaram a estudar e vão à Fundação Casa para dar aula aos adolescentes”, esclarece o Pastor Ulisses Gomes, responsável pelo trabalho.
Ele ressalta ainda que, além do acompanhamento social e espiritual que recebem, esses jovens são inseridos em projetos de esportes, música e orientação profissional.
Veja nas fotos abaixo alguns dos jovens que foram recuperados e transformados por meio desse trabalho:
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