De menina a monstro e do hospital para a igreja

A vida que Marcela Gonçalves ansiava viver só foi conquistada quando ela aceitou usar a Fé inteligente no Altar

Imagem de capa - De menina a monstro e do hospital para a igreja

Marcela Gonçalves, analista de departamento pessoal de 40 anos, é a caçula de três filhos e vivia em uma família estruturada, mas, apesar disso, via vultos, ouvia vozes, tinha paralisia do sono, sentia que os demônios a sufocavam à noite e era triste, amarga e maldosa. “Eu tinha medo da morte, mas era orgulhosa. Comecei a me envolver com os vícios muito nova. Com 12 para 13 anos, eu já fumava e bebia. Aos 20 anos, começaram meus medos, meus traumas e minha ansiedade. Meu irmão foi
preso e começou um ver dadeiro inferno em nossas vidas”, conta.

Seu pai era agente de segurança pública e ela assumiu a responsabilidade de visitar o irmão na penitenciária. A partir daí, ela começou a fazer “favores” com receio de que ele sofresse represálias. Pouco depois, porém, já estava vivendo na criminalidade e se relacionando amorosamente com o integrante de uma facção: “passei de uma menina inocente para um monstro. Por ser espelho dessa pessoa, comecei a praticar assaltos, sequestros, a traficar e vi muitas pessoas morrerem. Me casei escondido dos meus pais, engravidei e quase perdi a bebê durante uma fuga da polícia. Eu fazia tudo que o pessoal do crime me mandava fazer, até que comecei a sofrer muito com  isso. Uma vez cheguei bêbada em casa e vomitei em cima da minha filha. Ali, vi que estava no fundo do poço e comecei a querer mudar de vida”.

Tentativas

Ela se separou, foi liberada pela facção do ex-marido e conheceu um homem que parecia trabalhador e de boa família, mas, quando foram morar juntos, ele bebia muito e a agredia: “foram cinco anos de inferno, até que passei mal, desmaiei e minha filha, com sete anos, ligou para meus pais, que me socorreram”.

Além de viver esse relacionamento abusivo, ela ainda sofria com a mesma situação da infância e adolescência e com a depressão, que a levou a se acostumar a sempre visitar o hospital em busca de socorro após cada crise.

Foi nessa situação que ela aceitou o convite de sua mãe para ir à Universal. Em meio a uma crise depressiva, ela disse a si mesma: “se for verdade que lá tem jeito para mim, vou trocar o hospital pela igreja, mas, se nada mudar, não sei o que farei”.

Naquele período, a Universal realizava a campanha Fogueira Santa. Ao ouvir os testemunhos, ela desejou obter a mesma mudança que era relatada e, quando o pastor falou da Fé inteligente, ela tomou uma atitude: “o que chamou minha atenção foi ele falar que eu precisava entregar tudo que eu tinha de mais valioso e a minha alma logo veio à minha mente, pois no crime a minha vida era valiosa, mas, se eu perdesse a minha vida, quem ficaria com a minha alma?”

Antes de ir para o Altar, porém, Marcela decidiu se batizar nas águas. “Me batizei para que pudesse me tornar uma nova criatura e, em seguida, deixei meu sacrifício no Altar para começar a depender de Deus. Foi assim que tudo começou a mudar”, detalha.

Faltava o principal

Marcela largou os vícios, obteve estabilidade financeira e conheceu Leandro Cândido, vendedor de 40 anos, com quem se casou e construiu um casamento abençoado e um lar saudável para oferecer à filha, Laís Gonçalves, hoje com 15 anos. Marcela, contudo, não se sentia completa e o Altar foi o caminho de novo. “O pastor sempre falava do Espírito Santo, mas eu não sabia quem Ele era. Então, eu pesquisava no Google e lia os livros do Bispo Macedo. Foi quando o Bispo, em uma reunião, mandou perguntar a Deus o que Ele queria de nós. Era época de Fogueira Santa e orei: ‘meu Deus, o Senhor já me deu casa, carro, esposo, me curou e me deu uma vida financeira próspera, mas eu não tenho o principal, que é o Teu Espírito’. Comecei a jejuar e disse a Jesus que eu era como o único leproso que tinha voltado para expressar gratidão. Dias depois, Ele me batizou! Quando desci do Altar, eu só queria falar do Senhor Jesus Cristo. Parecia que eu estava começando a viver uma corrida contra o tempo. Eu só queria recuperar para Deus todas aquelas almas que vi o diabo levar embora.

Apesar das bênçãos materiais, Marcela diz que o mais importante é ter o Próprio Abençoador dentro dela: “não consigo ficar uma Fogueira Santa sem expressar minha gratidão a Deus, pois o Altar é meu combustível e a certeza de que Deus é comigo”.

 

Saiba mais:

Leia as demais matérias dessa e de outras edições da Folha Universal, clicando aqui. Folha Universal, informações para a vida!

imagem do author
Colaborador

Laís Klaiber / Fotos: Cedida e Ondrooo/GettyImages