Das telonas para a Lousa

Por suas lições, a exibição de Nada a Perder 2 pôde virar literalmente uma sala de aula

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As telas de um cinema da zona leste de São Paulo serviram como lousa de uma sala de aula. Cerca de 200 alunos da escola estadual Carlos Henrique Liberalli, com idades entre 14 e 20 anos, compareceram a cinco sessões do filme Nada a Perder 2 – Não se Pode Esconder a Verdade nos dias 23 e 29 de agosto. Muitos se mostraram ansiosos, como conta a professora Carmem Aparecida Silva de Oliveira, (foto abaixo) de 34 anos, que exerce a profissão no colégio desde 2012. “Os olhos deles brilharam. Muitos deles nunca tinham vindo ao cinema antes.”

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Para ela, a ida ao cinema para assistir a uma história com tantos aprendizados tornou a experiência enriquecedora para todos. “Vejo como uma oportunidade de eles saírem do ambiente escolar tradicional e aprenderem de uma maneira um pouquinho mais lúdica lições para a vida. É isso o que o filme traz”, afirma. Ela ainda observa que, “cabe a nós, professores, promovermos momentos de entretenimento e criarmos situações que elevem o aprendizado dos alunos. A escola atual não tem feito isso nem tem estrutura para isso”.

Todos alunos
Os 120 minutos do filme provocaram diversos tipos de reação nos alunos. Muitos não sabiam o que tinha acontecido com o Bispo Edir Macedo e a Universal porque a história não ocorreu na época de vida deles. Por isso, foram surpreendidos.

Carmem conta que o fato de retratar a história de um dos maiores líderes cristãos não despertou preconceito neles. Ela lembra que na exibição do Nada a Perder. Contra tudo. Por todos, por exemplo, os professores puderam abordar o bullying e as relações interpessoais.

Agora, na continuação da cinebiografia, ela diz que foi possível abordar conteúdos de geografia, já que a Igreja está em todos os continentes, além da Cidade Santa, Israel, e que os alunos puderam entender a inspiração do Bispo Macedo para a construção do Templo de Salomão, em São Paulo.

Os estudantes também extraíram do filme lições de história por conta dos países onde a Igreja chegou, da cultura de cada nação, do trabalho missionário iniciado na África e na América do Norte. E também puderam ver a influência que uma autoridade tem e que, apesar das circunstâncias, a verdade prevalece sobre a injustiça. Quanto à construção do Templo, eles entenderam a importância dos engenheiros e da profissão na prevenção de acidentes.

Carmem ainda menciona que os professores também viraram alunos. “O professor é curioso. O que chamou a atenção foi a questão do crescimento da Igreja, do trabalho dos pastores que atuam fora do País e precisam aprender um novo idioma. Tudo isso foi percebido por eles.”

Do cinema para a vida
Muitos alunos puderam sair do cinema com uma nova perspectiva de vida e de futuro. “Eles podem pensar: ‘se uma pessoa conseguiu, porque eu não posso também?’ Afinal, o Bispo não tinha espaço e, de repente, conseguiu estruturar a Igreja, conseguiu crescer”, declara a professora.

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Carmem conta que a fé que move o Bispo, estimula outras pessoas e que ela é uma delas. Ela conta que integra uma família de oito irmãos e que, mesmo com dificuldades, conseguiu se formar na faculdade e ter uma família. “Perdi meu pai aos 12 anos e vi minha mãe ter que escolher entre pagar as contas e colocar comida dentro de casa. Mesmo com essa situação, ela permaneceu na presença de Deus e olhou para a frente. Meu pai começou a ir à Universal quando eu tinha 8 anos e foi assim que cheguei à Igreja.” Ela lembra que conheceu de perto os fatos mostrados no filme. “Lembro até hoje do pronunciamento do Bispo sobre o desabamento do teto da Igreja em Osasco e do

O Filme

De acordo com dados da ComScore, Nada a Perder 2 liderou as bilheterias do cinema nacional logo na estreia. Em apenas um fim de semana, atraiu mais de 1,28 milhão de espectadores. Vale lembrar que, além dos cinemas, o filme também tem alcançado pessoas nos locais mais distantes do país por meio do projeto Cinema Solidário, em que um ônibus percorre essas localidades. No dia 26 de agosto, por exemplo, quase mil pessoas se reuniram para assistir a uma sessão especial na sede do Social Clube Rosário, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Cedidas e divulgação