Após o lançamento no Brasil e em Portugal, a edição em inglês do livro “Da Ferida à Cicatriz”, de autoria de Márcia Pires, chega às mãos do povo africano. Para marcar esse momento, cerca de 50 mil cópias estão sendo impressas.

Como foi:

• O lançamento na África do Sul aconteceu em 29 de junho, no Solo Sagrado da Universal, em Soweto, durante uma palestra exclusiva;
• Mais de 7 mil pessoas estiveram presentes no local;
• O evento contou com a presença especial do Bispo Marcelo Pires (foto abaixo), esposo de Márcia;
• O lançamento do livro “Da Ferida à Cicatriz” foi realizado também em outros estados do país, reunindo milhares de pessoas em todo o território sul-africano.

O que devemos destacar:

• Mais do que um simples evento de lançamento, o dia foi marcado por momentos de cura e reflexão.
• Os participantes compareceram à sessão oficial de autógrafos e, principalmente, para ouvir de perto o testemunho da autora Márcia Pires.

Uma história real:

Durante a palestra, Márcia Pires falou abertamente sobre dores profundas e traumas que marcaram sua vida: rejeição, comparações, abusos e relacionamentos destrutivos.

Ela deixou claro que o propósito do livro não é focar no sofrimento, mas apresentar a solução que encontrou por meio da fé.

Com sinceridade, compartilhou como feridas da infância — sobre as quais não teve controle — a levaram a um padrão de insegurança e decisões prejudiciais.

• “Eu não pude escolher o lar em que nasci. Não escolhi ser abandonada ou abusada. Mas, com o tempo, comecei a me enxergar como um fardo, um erro — e isso me causou ainda mais dor”, relatou.

Márcia também relembrou os anos de violência e traições vividos em um relacionamento tóxico e como a vergonha do passado a perseguia, mesmo já sendo esposa de pastor. Em uma época em que esses assuntos eram considerados tabus, ela sentia que não tinha voz:

• “Eu acreditava que esposas de pastores vinham de vidas perfeitas. Não achava que poderia falar sobre o meu passado”, compartilhou.

Do silêncio ao propósito:

Esse cenário mudou após uma conversa com Cristiane Cardoso, que a incentivou a usar sua história para ajudar outras pessoas. Foi, segundo ela, um verdadeiro “divisor de águas”.

• “Deus usou aquilo que antes me envergonhava para levantar outras mulheres”, afirmou.

Dessa trajetória nasceu não apenas um livro, mas um movimento que teve início na África do Sul. A sinceridade com que compartilhou sua história — e como suas feridas se transformaram em cicatrizes — inspirou outras mulheres, incluindo esposas de pastores, obreiras e membros da igreja, a quebrarem o silêncio.

Esse despertar deu origem ao grupo Women in Action (em português, Mulheres em Ação), dedicado a aconselhar e apoiar mulheres na África do Sul que enfrentam traumas, abusos e outras dificuldades.

Atualmente, Márcia Pires, junto com um grupo de esposas de pastores da Universal, atua como parte do Women in Action, todas capacitadas em aconselhamento para traumas. Com o tempo, o trabalho se expandiu para abrigos, prisões e comunidades em geral, oferecendo apoio gratuito a mulheres vítimas de abuso.

Mais do que um livro:

Nesse sentido, ao longo de sua fala, Márcia enfatizou que sua cura só foi completa por meio de seu relacionamento com Deus.

Ela reforçou que o livro não é voltado apenas para vítimas de abuso, nem exclusivamente para mulheres, mas para todos que enfrentam feridas emocionais — como rejeição, abandono, ausência dos pais e agressões morais.

• “Você pode achar que sua vida foi só dor, mas há algo a ser celebrado: o começo de uma nova vida em Jesus”, declarou.

Depoimento de quem esteve presente:

Em suma, muitos que estiveram presentes durante o lançamento do livro Da Ferida à Cicatriz fizeram questão de compartilhar seus depoimentos.

Para Simphiwe Mathebula (na foto acima), de 30 anos, o lançamento foi uma grande experiência.

• “Você não precisa ser uma vítima de abuso para ler o livro, todos nós já sofremos bullying, já enfrentamos algum tipo de abuso na vida. Recomendo a todos que leiam o livro, pois encontrarão uma solução, já que este livro não é para falar de problemas, mas sim para mostrar a solução”, disse.

Nesse ínterim, Carroline Morewa (na foto abaixo), de 28 anos , disse que, definitivamente, todos devem adquirir esse livro, pois ele ajuda as pessoas a entenderem que podem se curar, até mesmo das coisas que acreditavam que não poderiam deixar para trás, ou do passado que não podemos voltar e apagar, mas do qual podemos, sim, ser curados.

Conclusão sobre Da Ferida à Cicatriz:

Por fim, em um mundo onde muitas vezes silenciam o trauma, a história de Márcia Pires nos lembra que a dor não precisa ser o fim da jornada.

Inclusive, por meio da fé e da coragem, feridas podem se transformar em cicatrizes — marcas de quem venceu. Cicatrizes que já não doem, mas testemunham que a dor ficou no passado — e que é possível superar.

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(*) Enviado pela Universal na África do Sul