Cuidado com vagas de emprego falsas
Golpistas criam anúncios para enganar pessoas desempregadas, roubar dados e vender cursos. Redes sociais e chamadas telefônicas atraem as vítimas
O Brasil tem hoje 13,4 milhões de pessoas desempregadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse cenário, muitos aproveitadores usam a boa-fé dos brasileiros para aplicar golpes.
Os anúncios falsos de trabalho podem chegar pela internet, como mostra um levantamento do aplicativo Dfndr Security. Em 2018, foram mais de 860 mil acessos e compartilhamentos de falsas vagas de emprego. Os links maliciosos são espalhados em redes sociais e aplicativos de mensagem.
Golpistas também usam bancos de dados de pessoas desempregadas para ligar para elas ou mandar e-mail. Por isso, o primeiro passo para não cair em armadilhas é verificar se a vaga é verdadeira, explica André Crowe, responsável pela área de Talent Acquisition na Crowe. “Pesquise a origem de quem está ligando, veja para onde é a vaga, entre no site oficial e ligue para a área de recursos humanos”, diz.
Solange Santos, consultora de desenvolvimento humano, afirma que recrutadores não podem cobrar por treinamentos. “Algumas consultorias exigem que o candidato pague um curso que vai habilitá-lo a uma suposta vaga disponível, mas isso é golpe”, esclarece.
Apesar das dificuldades, ela lembra que é importante manter a confiança. “Passar por um processo seletivo é desgastante, mas procure não perder a fé em suas habilidades após uma recusa. Faça cursos gratuitos, mantenha o equilíbrio e construa sua rede de amigos e ex-colegas de trabalho, pois eles podem ajudar você na recolocação”, finaliza.
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