Cuba: Países se unem e repudiam reação covarde de ditadura aos manifestantes

Em declaração assinada, inclusive pelo Brasil, ministros de relações exteriores das nações pedem fim à repressão 

Imagem de capa - Cuba: Países se unem e repudiam reação covarde de ditadura aos manifestantes

A repressão da ditadura cubana contra manifestantes tem indignado governos ao redor. Por meio de uma declaração, assinada por ministros de relações exteriores, vinte e um países, incluindo o Brasil, se uniram aos Estados Unidos para pedir que Cuba respeite os direitos das pessoas que foram detidas, nos protestos de 11 de julho.

Eles pedem que Cuba respeite “os direitos e liberdades universais do povo cubano, incluindo o livre fluxo de informação a todos os cubanos”.

A declaração ainda destacou que os cubanos “exerceram as liberdades universais de expressão e reunião, direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, por isso, Cuba não deve agir com repressão.

“Instamos o governo cubano a prestar atenção às vozes e pedidos do povo cubano”, diz a declaração.

Entre os países signatários da declaração estão Áustria, Brasil, Colômbia, Coréia do Sul, Grécia, Honduras e Israel.

Protestos

Os protestos em Cuba começaram como um grito de socorro de uma população que vive em meio a maior crise dos últimos 30 anos no país. A fome e a crise, acentuada pela pandemia de COVID-19, levaram os cubanos às ruas pedindo fim à ditadura cubana.

A polícia tem agido de maneira bastante truculenta com os participantes dos protestos e tem utilizado formas de repressão contra os manifestantes como o uso de Gás lacrimogêneo e cassetetes.

Segundo uma manifestante, os policiais estariam atuando de maneira à paisana para se infiltrarem nas manifestações e reprimir a população. 

Além disso, para calar a população, o governo teria cortado o serviço de internet no país, para tentar conter a população e evitar que outros protestos fossem orquestrados por meio da rede.

Apoio

Enquanto os países se mobilizam para pressionar o governo cubado para acabar com as repressões, agressões e ditadura, há pessoas que ainda apoiam o regime. O ex-presidente Lula é um deles.

Em uma rede social, o ex-presidente, que foi condenado e preso por corrupção, disse que o que houve em Cuba foi “uma passeata” e que viu “o presidente de Cuba na passeata, conversando com as pessoas”.

No entanto, o ex-presidente não mencionou que o presidente Miguel Diaz-Canel, fez um pronunciamento e acusou a população de ser financiada pelos Estados Unidos. Miguel ainda afirmou que as manifestações foram convocadas por youtubers que desejam desestabilizar o governo e desconsiderou completamente o grito de socorro das pessoas que foram às ruas. 

Além disso, Miguel convocou a militância comunista para ir às ruas, a fim de confrontar a população que apenas anseia sua liberdade. 

Lula e seu partido, têm um vasto histórico de apoio a regimes totalitários como o de Cuba. Lula, por exemplo, não hesitava em tecer elogios ao ex-ditador Fidel Castro. 

“Fidel é o único mito vivo da história da humanidade. E eu acho que ele construiu isso às custas de muita competência”, disse Lula, em 2008, quando Fidel ainda era vivo. O ex-presidente também escreveu “Viva Fidel”, na parede de seu sítio, em São Bernardo do Campo, quando o ditador faleceu.

Fidel, contudo, foi uma dos mais ricos governantes do mundo, em detrimento da miséria e fome da população cubana. Quando faleceu, em 2016, deixou uma fortuna avaliada em mais de U$900 milhões, principalmente por causa de sua gestão em empresas estatais cubanas. 

Em geral, o governo de Cuba, endossado por apoiadores da ditadura, como Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT), culpam os Estados Unidos pela crise que acomete Cuba. Dizem que Cuba chegou ao limite, por causa dos embargos econômicos do país.

No entanto, os Estados Unidos mantêm comércio com Cuba. Apenas em 2019, os Estados Unidos exportaram cerca de U$279 milhões em produtos para Cuba, a maioria alimentos.

Além disso, o país que Lula defende possui uma economia fechada e um regime que tenta abolir a economia de livre mercado, que é adotada pelos Estados Unidos, mas, diz que seu fracasso acontece porque uma potência de livre mercado o tem feito sanções. Afinal, o capitalismo americano é um vilão ou a solução para seus problemas?

imagem do author
Colaborador

Rafaela Dias / Foto:  Fotos Públicas