Como um cristão escolhe seus representantes?

Entenda o que deve ser avaliado para que os seus objetivos e os de sua família possam ser realmente concretizados

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Quando se fala de política, muitas pessoas sentem aversão só de ouvir a palavra. Outras reconhecem a real importância dessa ciência e buscam saber mais em relação ao histórico dos candidatos para fazer valer o seu voto nas urnas, principalmente quando há concorrentes cristãos. Isso porque muitos políticos levantam a bandeira do Cristianismo somente como estratégia de campanha, com o intuito de alcançar o maior número de cristãos. No entanto suas posturas podem não condizer com a posição que ocuparão quando forem eleitos. Por isso, é preciso ficar atento em quem você pretende eleger para não “comprar gato por lebre”.
As Escrituras Sagradas relatam a história de um rei que aparentava ser quem não era: o rei de Judá, Amazias, descrito em 2 Crônicas, capitulo 25. Ele era a típica pessoa que agia de um modo que parecia ser correto, mas não tinha sinceridade em seu coração.
Amazias não tinha um verdadeiro compromisso com Deus nem com as pessoas. Ele obedecia às leis apenas para não sofrer punição.
A falta de compromisso com Deus revelava o quanto ele também negligenciava os compromissos com o povo. Ele não se preocupava com o bem-estar de todas as pessoas, mas apenas com seus próprios interesses. Então, começou a errar como homem e como político.
Rei Uzias
O povo cansou de sofrer e elegeu um rei que o representasse de forma idônea: Uzias, o filho de Amazias. Ele foi eleito rei pelo próprio povo, como está relatado também nas Escrituras Sagradas: “Então, todo o povo de Judá tomou a Uzias, que tinha dezesseis anos, e o fizeram rei em lugar de Amazias, seu pai”. (2 Crônicas, 26.1).
Diferentemente do pai, Uzias fez o que era certo aos olhos de Deus sem questionar porque tinha um verdadeiro compromisso com Ele. Então, seu reinado prosperou. Dessa forma, o povo foi beneficiado pela escolha de ter colocado no poder alguém justo.
Caráter do candidato
Isso não difere do que acontece nos dias de hoje. Quando escolhemos um candidato, precisamos ter certeza da decisão que estamos tomando, pois muitos deles, no meio do caminho, mudam de posicionamento e acabam indo contra os valores que, no início da campanha, diziam acreditar.
O fato de o candidato se dizer cristão não serve como único fator para lhe dar o direito de ser escolhido. É preciso mais. O eleitor precisa pesquisar as ideias que o seu escolhido defende e o que ele se propõe a fazer. Outro ponto importante é averiguar o caráter dele. Afinal, é muito fácil representar um personagem para milhões de pessoas, mas é difícil ser para elas da mesma forma como é no dia a dia, quando está longe dos holofotes.

O Bispo Adilson Silva explica qual é o perfil que deve ser observado pelo eleitor: “cada pessoa busca um candidato que defende seus valores. Temos visto isso na sociedade por meio das manifestações organizadas, com cada uma delas defendendo aquilo que crê ser melhor. Diante disso, é incoerente que uma pessoa cristã eleja para lhe representar alguém que não tenha a mesma fé. Quanto a isso, a Bíblia nos ensina, no livro de Deuteronômio, 17.15: ‘Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos’”.
A escolha
Ele enfatiza que é preciso ter cuidado e separar o “joio do trigo”, pois, ainda que alguns pretendentes aos cargos se assemelhem, eles são diferentes. “É preciso que a pessoa avalie suas propostas e busque informações quanto à sua vida fora dos holofotes. O candidato é um bom pai ou mãe, um bom cônjuge, um bom patrão ou empregado? Quem fracassa na política de uma casa, tampouco prospera na política de uma cidade, Estado ou nação. Não ter boa relação com os seus revela um Cristianismo meramente religioso”, explica o Bispo.
Antes do dia 7 de outubro, aproveite para conhecer os candidatos e ter certeza da escolha que vai fazer. Não basta acreditar nas lindas promessas de campanha, é preciso saber a fundo quem é a pessoa, quais as suas ideias e se ela vai lutar pelo que você como cristão acredita. Também não basta que ela se diga cristã, é necessário que tenha atitudes compatíveis com o que você também deseja para o País.

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Colaborador

Maiara Máximo / Fotos: Fotolia e Cedida