Podemos encontrar mulheres que quando estão diante do espelho detestam a própria imagem, se comparam com outras ou fazem de uma inofensiva estria que aparece no corpo um grande problema. Há outras que são acomodadas em uma situação porque não têm coragem de fazer o que realmente deve ser feito. As duas posturas costumam ser consequência de uma característica: a insegurança. Atire a primeira pedra quem nunca teve uma atitude decorrente dela.

RAIO X
Juliana Candido da Silveira Moraes,  (foto abaixo) de 24 anos, e Carolina Borges, (foto abaixo) de 23 anos, estão em fases diferentes da vida. Juliana é dona de casa, casada há quase oito anos e mãe de dois filhos. Carolina é solteira e está empreendendo um negócio próprio. O que elas têm em comum?

Ambas venceram a insegurança.

Carolina conta que era insegura em relação à opinião que as pessoas tinham dela. Por causa disso, permaneceu em um relacionamento sem futuro por um longo tempo. “Eu tinha medo de ficar sozinha e que meu namorado encontrasse outra pessoa e fosse feliz.”

Juliana também lembra que tinha baixa autoestima. “Tentei fazer muitas coisas ao mesmo tempo para suprir uma necessidade que tinha de ser notada pelas pessoas.” Na época, ela pensava que o relacionamento estável que tinha pudesse resolver o problema. Contudo se enganou: foi morar com o rapaz, oficializou a união, mas a insegurança continuava. Depois, Juliana ficou insegura com os filhos e não os deixava com ninguém. Ela reconhece que, mesmo tendo o Espírito Santo, continuou da mesma forma. “Creio que a insegurança surge quando não confiamos”, declara.

A segurança
A Bíblia ensina que “o espírito dos profetas está sujeito ao controle dos próprios profetas” (I Coríntios 14.32) – ou seja, nem Deus nem o Espírito Santo podem fazer a parte que cabe a cada mulher. Foi o que Carolina constatou: “achava que Deus faria tudo por mim. Só depois percebi que a decisão não viria dEle. Deus nos dá alguns sinais, mas a decisão só viria de minha parte”, conta. Ela cita o episódio de Pedro andando sobre as águas (Mateus 14.22-33) para explicar como a insegurança pode ser superada. “A tempestade são as palavras negativas, as opiniões de fora, mas a segurança é a Voz do Senhor Jesus dizendo: ‘Vem!’ Aos olhos humanos, isso pode parecer loucura, mas para Deus é quando eu digo: ‘confio em Ti’.”

Foi também com esse entendimento que Juliana venceu seus medos. Ela precisou se afastar de situações e até de pessoas para se manter bem, sobretudo espiritualmente. “O mundo incita a ser insegura, mas Deus dá segurança a você para que possa ser testemunha dEle.”

A escritora Nanda Bezerra lembra que a mulher precisa lidar com a insegurança todos os dias e que o uso da fé é uma arma eficiente para vencê-la. Para isso, é preciso lutar contra o próprio sentimento e duvidar das supostas sensações de incapacidade. Ou seja, para que a mulher insegura mude é preciso que tenha atitudes seguras. “Ela precisa dizer: ‘esse pensamento não é meu, essa insegurança não me pertence, pode sair daqui’ e começar a agir de forma contrária. Não adianta ficar orando para que a insegurança desapareça”, conclui Nanda Bezerra.