No dia 3 de agosto, uma quarta-feira, foi realizado, direto do Monte Carmelo, em Israel, o Clamor da Concordância. Representando a Universal nos cinco continentes, Bispos e Pastores levaram os pedidos de todos os que participaram da última Fogueira Santa. A campanha teve início no dia 19 de junho e terminou no dia 31 de julho, com orações realizadas à meia-noite e transmitidas ao vivo, no período de 13 de junho a 22 de julho, diretamente do Templo de Salomão, em São Paulo.

O Bispo Jadson Santos, um dos sete Bispos que representaram o Brasil, destacou, durante o clamor, o motivo de estarem ali: “apresentar a Deus a vida de todos aqueles que foram para o Altar em busca de uma decisão”. Por isso, o local escolhido foi o Monte Carmelo, também conhecido como o lugar da decisão, pois a Bíblia relata que ali aconteceu um duelo para que ficasse claro a todos quem, de fato, era Deus.

Trocando de Altar
Durante o duelo, os profetas se dividiram: de um lado estavam 850 profetas que serviam a Baal e a Aserá, e, do outro, um profeta chamado Elias. Ali, diante de todo povo de Israel que estava presente, os desafiantes ofereceriam em sacrifício de holocausto – ou seja, que seria totalmente queimado – um bezerro. É nesse ponto que começa o desafio, pois o fogo não seria aceso pelos profetas, como está relatado no texto bíblico: “(Disse Elias) Então invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por meio de fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu, dizendo: É boa esta palavra” (1 Reis 18.24).

Os primeiros a oferecer o sacrifício foram os profetas de Baal e Aserá. Desde a manhã até a tarde, eles clamaram em alta voz e se retalharam com facas, derramando o próprio sangue, como era comum em seus rituais, mas não obtiveram resposta. Elias, vendo que eles não obtinham uma resposta, zombava deles e os incitava a clamar mais alto, pois, caso esses deuses estivessem dormindo, poderiam despertar.

Até que foi a vez de Elias fazer o sacrifício, mas, antes disso, ele chamou o povo para perto dele e restaurou o altar que estava quebrado e utilizou 12 pedras que representaram as 12 tribos de Israel. Em seguida, ele fez um rego ao redor do altar, pôs lenha sobre ele e, por fim, colocou o bezerro em pedaços.

E não foi só isso: na época, Israel vivia uma severa seca há mais de três anos, ou seja, a água era um elemento raro e cobiçado. Apesar disso, Elias pediu que enchessem quatro cântaros de água e os derramassem por três vezes sobre aquela oferta, a ponto de a água escorrer do altar e encher o rego cavado ao seu redor. O desafio consistia em queimar o sacrifício e sabe-se que a umidade dificulta a combustão. Ainda assim, o profeta molhou o altar, pois sabia o quão poderoso é o Deus que invocaria. “… no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor

Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que Tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que Tu és o Senhor Deus, e que Tu fizeste voltar o seu coração” (1 Reis 18.36-37).

Calcula-se que, em média, foram 30 segundos de oração e, ao contrário do clamor não respondido dos outros profetas, a resposta foi imediata: “Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Reis 18.38-39).

Porém, muito mais do que um duelo, o que aconteceu naquele lugar e que também foi a proposta desta Fogueira Santa foi a troca de Altar. Ali no Monte Carmelo, no passado, ficou claro que o povo estava colocando a sua confiança em falsos deuses e que tinha abandonado o relacionamento com o verdadeiro Deus. E é isso que significa a troca de Altar: “é você tirar sua confiança, a sua dependência de algo ou alguém deste mundo, qualquer coisa, e transferir essa confiança e essa dependência para Deus”,explicou o Bispo Renato Cardoso.