Brasileiros são os maiores alvos de ataques virtuais
Pelo terceiro ano consecutivo, o País segue na primeira posição entre os que mais sofrem crimes on-line
O Brasil segue liderando o ranking de “phishing” (invasão de contas para a obtenção de dados pessoais). De acordo com dados divulgados pela Kaspersky Lab, empresa russa que produz programas de segurança para a internet, ao menos metade da população sofreu uma ameaça entre agosto de 2015 e agosto de 2016. No primeiro trimestre de 2017, pelo menos 18,1% dos usuários foram vítimas de golpes virtuais.
Em segundo lugar na lista está a China, com 12,8%, seguida de Austrália e Nova Zelândia.
Segundo a pesquisa, os dados mais roubados são informações a respeito de contas bancárias e senhas. Grande parte dos ataques (82%) acontece off-line, por meio de uma rede local ou de dispositivos conectados ao computador. O restante (18%) é resultado de invasões às máquinas por meio da internet.
Quando o meio é a internet, a maioria das ameaças on-line (81%) é composta por malware – programas com códigos maliciosos. Os outros 19% são caracterizados pelos adwares, conteúdos perigosos que aparecem normalmente em formatos publicitários, como banners.
No ano passado, outra empresa de segurança, a Norton, divulgou um levantamento sobre ataques on-line em que constava um dado alarmante: 42,4 milhões de brasileiros já foram vítimas de crimes cometidos pela internet. O número equivale a 39% dos usuários com acesso à rede em todo o País.
Se você costuma abrir qualquer e-mail que recebe, clica em links suspeitos ou faz compras em sites que não são seguros, fique atento. Todo cuidado é pouco na hora de evitar um possível golpe.
O que fazer?
Se você já foi vítima, alguns passos devem ser seguidos: entre em contato com o banco ou sua operadora de cartão de crédito e reporte o golpe, instale ou atualize seu antivírus e troque as senhas. Registre também um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima.
A Polícia Federal disponibiliza um endereço eletrônico para o envio de denúncias: crime.internet@dpf.gov.br.
Use sempre senhas fortes e seguras, nunca clique em links duvidosos e não acredite em tudo o que lê na internet.
Como se proteger
Algumas regras de segurança podem ser adotadas. A empresa Kaspersky Lab, responsável pela pesquisa, dá algumas dicas:
– Você não deve contar sua senha ou código de segurança para ninguém, bem como credenciais de login do seu banco on-line
– Não acredite em nenhum e-mail do banco que peça informações – eles são falsos
– Sempre se desconecte de serviços financeiros antes de fechar uma aba ou clicar no botão “voltar”
– Se puder, nunca faça operações financeiras em wi-fi público de cafés, hotéis e restaurantes