“Black Friday”: há algo importante que você precisa saber

Muitos brasileiros vivem a escravidão moderna das dívidas. Entenda

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Todos os anos ocorre a chamada “Black Friday”, que é um período em que aparecem anúncios comerciais de todos os lados, sobretudo, na internet.

E é nesse movimento de impulso, em busca de promoções e descontos (que nem sempre são descontos de verdade), que muitas pessoas criam ou aumentam a “bola de neve” do endividamento financeiro.

Não é novidade que muitos brasileiros vivem em uma situação financeira complicada. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), havia cerca de 63 milhões de pessoas inadimplentes, em junho deste ano.

No vídeo abaixo, o Bispo Renato Cardoso ilustra como é a vida de muitos desses brasileiros. Confira:

A origem do problema

Primeiramente, para aplicarmos o remédio para este problema, precisamos fazer um diagnóstico de sua origem.

Segundo o Bispo Renato, tudo começa na mentalidade que a população geral cultiva sobre o dinheiro.

“Nosso povo brasileiro foi ensinado a consumir. É aquela ideia: chega o décimo terceiro salário e a pessoa o gasta inteiro nas compras de Natal. O consumista é um escravo dos dias atuais”, explicou durante o programa “Entrelinhas”, exibido no dia 3 de novembro.

Igualmente, durante um podcast, o Bispo Renato acrescentou que há a crença de que a escravidão terminou no Brasil, em 1888, com a aprovação da Lei Áurea.

“Sim, aquele tipo de escravidão foi abolido. Mas a escravidão simplesmente mudou de nome. Hoje, quem vive de salário em salário está vivendo como escravo. Porque você não trabalha para si, mas sim para as empresas que recebem o seu salário todo mês”, analisou.

Cuidado com datas comerciais

No período da Black Friday é quando esse tipo de pensamento mais ganha força entre as pessoas, por causa dos estímulos comerciais.

Para a Economia Comportamental, uma área de estudo interdisciplinar entre a Psicologia e a Economia, o autocontrole sobre as finanças começa quando a pessoa aprende a lidar com as suas emoções.

Isso acontece porque há fatores psicológicos conscientes e inconscientes que influenciam as tomadas de decisão irracionais por parte do consumidor. Ou seja, as pessoas fazem escolhas sem considerar as consequências, em busca do prazer imediato.

Geralmente, a “compra por impulso” pode ser identificada quando, após adquirir o produto, a pessoa sente um “remorso de compra”. Em outras palavras, ela percebe que aquele dinheiro foi gasto com algo que não era importante. Aquela compra foi feita de maneira irracional.

Portanto, para evitar furadas financeiras para a sua vida, faça uma pausa e reflita antes de comprar.

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Colaborador

Daniel Cruz / Foto: Getty Images