Bélgica: onde a Obra de Deus avança apesar das barreiras
Com perseverança, entrega e amor pelas almas, pastores, obreiros e colaboradores mantêm viva a missão
No programa Obreiros em Foco do dia 16 de dezembro, o Bispo Ricardo Souza e sua esposa, Cassia, deram detalhes sobre o trabalho da Universal na Bélgica.
País que é frequentemente lembrado por sua alta qualidade de vida, economia sólida e diversidade cultural. No entanto, por trás desse cenário desenvolvido, a Obra de Deus enfrenta desafios significativos para alcançar novas almas.
Um país pequeno, porém estratégico
A Bélgica é um país considerado pequeno em extensão territorial, com 30.528 km², mas extremamente diverso. Localizada no oeste da Europa, com acesso ao Mar do Norte, a nação faz fronteira com países estratégicos do continente e abriga mais de 11 milhões de habitantes.
Além disso, o país possui uma história marcada por influências celtas, francesas e alemãs, o que explica a presença de três idiomas oficiais: francês, neerlandês (flamengo) e alemão. Bruxelas, a capital, é o centro político e administrativo, além de ser um polo multicultural.
Segundo o Bispo Ricardo, essa diversidade linguística é encontrada também na igreja. “Nós temos igrejas que funcionam em francês, português, inglês e holandês. Cada idioma atende uma realidade específica da população”, explicou.
A presença da Igreja Universal na Bélgica
Atualmente, a Igreja Universal está presente na Bélgica desde 1996. Hoje, o trabalho conta com:
- 10 templos
- 12 pastores
- 54 obreiros
- 8 colaboradores
- 6 pessoas no CPO
De acordo com o Bispo, “temos cinco templos em francês, dois em português voltados à comunidade lusófona, dois em inglês para africanos de língua inglesa e um trabalho em holandês”. No entanto, ele ressalta que ainda não há trabalho na região alemã do país. “Não temos pessoas preparadas para atuar nesse idioma”, afirmou.

Um país desenvolvido, mas distante da fé
Apesar de sua origem cristã, a Bélgica hoje impõe fortes restrições à manifestação religiosa. Isso inclui a proibição de anúncios religiosos em rádio, TV, jornais e até ações sociais com qualquer associação à fé.
O Bispo relatou um episódio emblemático: “Fizemos um anúncio de 30 segundos sem texto bíblico, sem mencionar Deus, apenas com uma mensagem de esperança. Mesmo assim, a TV rejeitou dizendo que era religioso por conter o endereço da igreja”.
Além disso, ações comuns no Brasil, como evangelização de rua, mesas de oração ou distribuição de folhetos, são severamente limitadas. “Em alguns bairros, somos proibidos até de entregar um simples folheto”, destacou.
Evangelização: um trabalho de formiguinha
Diante dessas barreiras, a evangelização na Bélgica acontece de forma discreta e pessoal. “É um trabalho de formiguinha. Uma pessoa traz um amigo, um conhecido. Não é fácil ganhar uma alma aqui”, afirmou o Bispo.
Ele explica que o contexto social também influencia. “O sistema de saúde e o apoio social são muito bons. Então, para muitos, a fé é o último recurso”. Segundo ele, desde cedo, muitos belgas aprendem nas escolas que Deus não existe. “Eles acreditam apenas na força do pensamento e na própria capacidade”.

Nem redes sociais escapam das restrições
Mesmo o ambiente digital apresenta limitações. “O Facebook na Bélgica tem alcance muito reduzido quando o conteúdo é religioso. O algoritmo limita. Temos mais visualizações fora do país do que dentro”, revelou.
Ainda assim, o trabalho não para. “Nada disso nos desmotiva. Pelo contrário. Continuamos firmes, porque sabemos que Deus honra a entrega”.
A força da entrega e do sacrifício
Ao falar aos obreiros e jovens que desejam servir a Deus fora do Brasil, o Bispo foi enfático: “Aprender o idioma é fundamental. Aqui, dentro da mesma cidade, um bairro fala francês e outro holandês. Não estamos falando de países, mas de ruas”.
Mais do que isso, ele destacou o sacrifício pessoal: “Eu fiz um contrato com Deus. Eu disse que não queria nada, apenas servi-Lo. Meu direito é servir”.
Segundo ele, a medida do trabalho não está no número de pessoas. “Faço reunião com três, com dez ou com mil pessoas com a mesma força. Porque uma alma não tem preço”.
Em conclusão
Mesmo em um dos países mais desenvolvidos da Europa, onde a fé é constantemente silenciada, a Obra de Deus segue avançando. Com perseverança, entrega e amor pelas almas, pastores, obreiros e colaboradores mantêm viva a missão.
Como resume o Bispo: “Quando amamos as almas, sempre vamos priorizar a vontade de Deus, independentemente das dificuldades”.
Igreja Universal
BRUXELAS
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