Ator famoso por comédias românticas revela que filho se automutilou

Por não conseguir entender questão de matemática, jovem se agrediu com uma caneta

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Em recente entrevista, o ator americano Hugh Grant, de 60 anos, revelou que ficou muito abalado com a atitude do filho de se “autoagredir” porque não conseguiu entender uma questão de matemática. O jovem se chateou e, por isso, descontou a frustração em si mesmo.

“Meu filho se feriu na frente do professor porque ele não conseguia resolver um problema de aritmética básica, então se cortou no rosto com uma caneta esferográfica”, detalhou o ator.

Hugh não entrou em detalhes sobre o que fará para ajudar o filho daqui para frente, mas sua atitude levanta uma questão importante: Por que o ser humano tem a tendência de se julgar incapaz de lidar com os problemas e, devido a isso, se pune de diferentes maneiras?

Maneira disfuncional de resolver os problemas

Pode ser por conta de um erro, uma perda ou outra dificuldade. Muitas pessoas não têm paciência consigo mesmas e chegam a se autodepreciar ou se autopunir, porque não se acham capazes de gerenciar suas vidas, construir suas carreiras, sustentar suas famílias ou serem felizes.

Segundo neuropsicólogos, quem age assim não encontra formas mais saudáveis para resolver seus problemas, apresenta uma baixa inteligência emocional e poucas estratégias de enfrentamento. Além disso, pesquisas sugerem que a autoagressão revela um certo comprometimento na tomada de decisões e também no controle dos impulsos.

O autoflagelo seria uma forma de gritar, de falar desta dor por meio da automutilação. Alguns relatam que provocar a dor física é uma maneira de reduzir significativamente a dor psíquica, numa espécie de troca. No entanto, o alívio é momentâneo o que torna o ciclo vicioso.

Cortando esse hábito

É preciso decobrir o que está desencadeando a autoagressão para poder combatê-la. Seja o que for que esteja causando essa forma negativa de se enxergar, é necessário se curar de toda e qualquer culpa que seja causadora da autoagressão.

Nem sempre a autopunição acontece por meio dos machucados físicos, muitas vezes, as pessoas agridem a si mesmas por meio dos pensamentos. Por isso, é importante entender que todos nós estamos sujeitos a sentir tristeza, e até mesmo culpa, em alguns momentos da vida, o que não quer dizer que esses sentimentos devem levar à autoagressão.

Para cortar esse mau hábito é importante aprender a compreender as próprias emoções e encontrar maneiras positivas de lidar com os problemas e com as frustrações. Assim, descobrir formas de aliviar a tensão emocional que não seja por meio da autoagressão pode ser um ótimo caminho. Só é possível melhorar a autoestima com o autoconhecimento.

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Colaborador

ANA CAROLINA CURY | Do R7 / Foto: Getty Images