As consequências das escolhas erradas

Nesta entrevista, o ator Felipe Cunha fala de seu personagem em Apocalipse

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A novela Apocalipse, da Record TV, tem mostrado cenas com situações do cotidiano de muitas pessoas e personagens polêmicos, que despertam no público uma reflexão tanto quanto às nossas atitudes como em relação ao nosso futuro.

Um desses personagens é o jovem Adriano Montana, interpretado na primeira fase da novela pelo ator Felipe Cunha. Ele é de família rica e poderosa, nasceu em Roma e vai morar em Nova York para estudar economia. É o típico “filhinho da mamãe”, sem muitas responsabilidades.

A primeira fase da trama, que se passa em 1987, mostra um jovem à frente do seu tempo. Fora de casa, a diversão do jovem mulherengo é conquistar mulheres. Na universidade, ele conhece Débora Koheg (Manuela do Monte) e seduz a moça. Eles têm relação sexual e ela acaba engravidando.

Adriano não tem intenção de manter um compromisso sério com Débora ou com o próprio filho, já que, para ele, tudo não passou de uma aventura. Contudo, o jovem é forçado pelo pai a se casar com a moça e a assumir a criança. “A cena em que Débora chega na casa dele e que os pais dele decidem que eles vão se casar é um momento claustrofóbico para Adriano. Ele tem uma sensação de estar preso, pois sabe que um filho pode acabar com seus planos de viver livre, leve e solto”, lembra o ator.

Nos próximos capítulos e ao longo da novela, o público acompanhará um casamento infeliz, cheio de traições e brigas e conhecerá melhor o anticristo, interpretado pelo ator Sérgio Marone.

O personagem

Em entrevista exclusiva à Folha Universal, o ator Felipe Cunha fala mais de seu personagem. “Adriano é jovem e quer aproveitar a vida. Tudo que ele faz é por impulso. O problema são as consequências das escolhas erradas”, afirma.

Ele explica que para viver Adriano foi preciso estudar o trabalho de seu colega de profissão Eduardo Lago, que vive o mesmo papel na segunda fase da novela. “Analisei as nuances do ator. Estudei bastante a figura do Edu, para que, quando o personagem fosse para outra fase, não houvessem mudanças drásticas. É difícil encontrar pessoas extremamente parecidas em faixas etárias tão diferentes. Tive o cuidado de conhecer com mais afinco o trabalho dele. A minha participação na novela é muito pequena. São apenas sete capítulos. Então, não queria mostrar muitas nuances para não confundir o telespectador. Eu optei por utilizar a essência do mal, que é a sedução. Adriano é aquele cara que seduz para conseguir qualquer coisa.”

Questionado sobre as semelhanças e diferenças entre ele e seu personagem, Felipe explica que às vezes procura algum ponto comum entre os dois, mas que não se identifica em nada com ele. “Geralmente, empresto algo meu para os personagens. O que consegui transferir para o Adriano foi o humor”, diz.

Experiência única

Felipe, que já participou de outras produções bíblicas na Record TV, diz que esse tipo de experiência em teledramaturgia é única. “Venho de outras novelas bíblicas da emissora, como Milagres de Jesus e Os Dez Mandamentos. Nesta última interpretei Jonas, líder hebreu, na segunda fase da trama. Esse trabalho me levou a ter contato com a Bíblia e tudo que meu personagem vivia na época. Eu me transportava para aquele momento e tinha a sensação de ter vivido como aquelas pessoas do passado, com uma fé maior, a fé em Deus.”

O ator se diz apaixonado pela Bíblia, um livro cheio de lindas histórias e particularidades. “Eu ainda não consegui ler o livro de Apocalipse inteiro, mas pretendo terminar, pois é muito rico em detalhes”, relata.

Felipe, que já encerrou sua participação na novela, comenta que a mensagem da trama é um alerta para as pessoas. “Acho que a humanidade tem memória curta. Nos esquecemos muito rápido do sofrimento. A novela mostra isso. Todos os dias um homem seduz uma mulher e a abandona com seu filho. Todos os dias vemos cenas de perseguição e estamos vivendo os desastres naturais. Tudo isso é muito real. Apocalipse está aí para abrir os olhos das pessoas para que haja tempo de consertarem seus maus hábitos”, avalia.

O público pode acompanhar Apocalipse de segunda a sexta-feira, às 20h40, na Record TV. A novela, que entrou em sua terceira fase, mostrará muitas maldades do anticristo.

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Colaborador

Por Maiara Máximo / Fotos: Munir Chatack