Argentina e Chile: alerta vermelho

Quando há um grande terremoto, a destruição pode alcançar milhares de quilômetros do epicentro. Trace um paralelo com a política e perceba as catastróficas consequências que ela pode gerar na economia, na política e na vida do cidadão. A esquerda ganhou as recentes eleições presidenciais na Argentina e no Chile. Há risco de o mesmo acontecer no Brasil neste ano? Muitos se fazem essa pergunta, desde os temerosos pela bagunça que a esquerda sempre causa até esquerdistas esperançosos pelo cenário vermelho típico: baderna social e caos para o público, que passa a ter a ilusão de que precisa de salvadores da pátria. A esquerda alimenta a polarização do povo, que passa a ser presa fácil. E tome pôr a população contra militares e qualquer outra forma de organização civilizada. Pudera, a esquerda só consegue ter poder quando há caos e, por isso mesmo, o cria.

O Chile acabou de eleger um presidente esquerdista, Gabriel Boric, que assume em março, e a turminha de vermelho daqui já solta fogos de artifício antecipados, “prevendo” a volta do “salvador” Lula à Presidência brasileira. Tanto Argentina quanto Chile e Brasil têm em comum a polarização exacerbada provocada, além da economia em frangalhos. O mais curioso é que os esquerdistas culpam os recentes governos de direita pelo caos econômico no qual eles mesmos lançaram os três países.

O esquerdista Alberto Fernández foi eleito presidente da Argentina em 2019, derrotando Mauricio Macri, que tentava a reeleição. Macri era bem fraco e isso ajudou Fernández a ocupar a Casa Rosada, sede do governo. Só que a economia na Argentina está tão mal que, nas recentes eleições legislativas, a casa Rosada perdeu vagas de apoio no Senado. A “esperança” esquerdista só bagunçou mais as finanças, emitindo dinheiro descaradamente sem lastro e afundando seu país em uma inflação de mais de 52% anuais – que aumentará, segundo especialistas, fato ignorado pela velha imprensa brasileira que defende Lula e que, por sua vez, apoia a esquerda que lá está governando. Mas a população responde nas urnas. No começo do governo Fernández, sua aprovação beirava os 70%. Hoje, beira o precipício: 20% e descendo. Acontece que a vice de Fernández é a peronista Cristina Kirchner, ela mesma uma grande sabotadora do governo do lado de dentro, de olho no “trono” para si. Foi primeira-dama entre 2003 e 2007 e presidente entre 2007 e 2015. Jogou a Argentina em um buraco sem fundo e agora culpa os quatro anos de Macri pela quebra do país. Vale lembrar que o peronismo vem de Juan Perón, populista demagogo que vendeu uma imagem de salvador da pátria argentina no século passado, alimentando ainda mais a imagem de sua esposa, Eva, a famosa Evita, que se vendia como salvadora dos pobres, enquanto ela mesma esbanjava luxo com o dinheiro do povo.

A manipulação do povo chegou a tal ponto que Evita vendeu a imagem do marido como divindade: “só há um Perón. Ele é um Deus (sic) para nós. Nosso sol, nosso ar, nossa vida”. Ao mesmo tempo, ela era vendida como santa pelo marido, que chegou a criar o feriado de “santa Evita” em 1951. Quando ela morreu, em 1952, um porta-voz peronista a chamou de “mãe nossa que estás nos céus”, enquanto publicações do partido a mostravam com uma auréola.

Interessante que Eva dizia que não queria ser chamada de esquerdista, apesar de apelar para as táticas vermelhas de manipular o povo e criar nele uma dependência do governo como a de um deus. Detalhe: Perón e sua “santa” apoiavam Hitler e esconderam vários nazistas em terras argentinas após a Segunda Guerra, a ponto de existir uma lenda que dizia que Hitler não morreu em 1945, mas fugiu para a Argentina.

Mas a Bíblia é bem clara: “grande será o sofrimento dos que correm atrás de outros deuses”. (Salmos 16.4). Dito e feito. O terremoto argentino já causou estragos no Chile, apesar de o desempenho vermelho se mostrar desastroso no epicentro. Se o Brasil não tomar cuidado, passará logo a ver os mesmos desmoronamentos por aqui, mesmo já sabendo o que o PT causou ao País (e agora atribui ao governo atual, que teve que lidar com os estragos, sendo que o povo tem que lidar com eles todos os dias). O “alerta vermelho” está aceso e a realidade fala por si. Não vê quem não quer ou finge que não vê porque lucra com isso.

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Colaborador

Redação - Foto: getty images