Aprenda a lutar pela sua paz

Descubra como você deve agir para alcançar a verdadeira serenidade e ser de fato feliz

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Muito se fala atualmente sobre a busca da paz. Conflitos espalhados pelo mundo motivam os mais intensos debates sociológicos sobre o tema e ainda assim a paz parece ser sempre inalcançável. Guerras eclodem em diversos locais sem que outras nem sequer tenham acabado ou deem a impressão de que terminarão. Contudo, quando o assunto é a paz, parece que ela não tem relação somente com os embates bélicos e há quem tente buscá-la à sua maneira: correndo atrás de dinheiro, de passatempos, de viagens e de relacionamentos amorosos. Só que todos esses esforços se mostram vãos, pois não são capazes de trazer a paz em sua plenitude.

O Bispo Renato Cardoso, responsável pelo trabalho evangelístico da Universal no Brasil, abordou esse tema em um encontro da Escola da Fé Inteligente, realizado no Templo de Salomão, em São Paulo, no início do mês passado, e concorda que muitos procuram a paz de várias formas e em muitos lugares, mas nunca a encontram. “A paz é um bem que não se compra ou que se acha nas prateleiras ou na internet para você adquirir. A paz é um dom de Deus, é um presente de Deus, é um presente que o Espírito de Deus dá àqueles que são dEle”, esclareceu.

O Bispo Renato disse que a paz do mundo é uma utopia e que ela consegue atingir apenas o exterior de cada pessoa. “O mundo fala em paz, faz guerra pela paz e não a encontra e nunca vai encontrar porque rejeita o Príncipe da Paz, que é Jesus. Só quem aceita o Príncipe da Paz é que pode encontrá-la. Você só pode vencer suas guerras do lado de fora se estiver em paz do lado de dentro. E essa paz interior é o que faz você criar um lugar de paz, um santuário de paz dentro da sua casa”, afirmou.

Para esclarecer como a Verdadeira Paz pode ser alcançada, o Bispo citou uma passagem bíblica: “Tendo sido, pois, justificados, pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1). E explicou que “somente somos justificados pela Fé em Jesus, porque somente Ele não pecou. E quem crê nEle pode ser justificado por Ele, porque Jesus tomou os nossos pecados sobre si, os pecados de quem crê, de quem se arrependeu e O aceita como Senhor da sua vida. Olha aí o caminho para a paz: ela vem pela Fé no Senhor Jesus Cristo”, apontou.

Sem medo de ser feliz
Mas nem sempre é fácil chegar a essa compreensão. Muitos enfrentam diversos problemas, mas só entendem o que devem fazer depois de muito sofrimento e relutância. Katharine Ruegg, (foto abaixo) de 21 anos, conta que a falta de paz estava presente em sua vida há bastante tempo.

Muito se fala atualmente sobre a busca da paz. Conflitos espalhados pelo mundo motivam os mais intensos debates sociológicos sobre o tema

“Desde pequena eu via muitos problemas dentro de casa. Havia muita briga e discussão. Meu pai era viciado em jogos e eu via vultos, tinha pesadelos, sofria bullying na escola e não brincava com ninguém. Eu me sentia triste e ficava só no quarto chorando. Eu queria falar, mas tinha medo. Quem olhava de fora pensava que eu era alegre, mas era uma mentira”, relata.

Como sempre gostou de esportes, em especial de futebol, essa atividade se tornou uma válvula de escape para ela, apesar de não receber o apoio de sua mãe para praticá-la. “Ela sempre dizia que o futebol não me daria futuro. Em São Paulo, fui para o Juventus, o Centro Olímpico e o Clube Atlético Taboão da Serra e joguei o campeonato profissional, mesmo sendo de uma categoria inferior. Não estava acostumada com a rotina de treinos e não rendia tanto quanto eu podia porque não me sentia bem. Fui me retraindo cada vez mais, até que o professor me dispensou.”

Katharine conta que uma psicóloga lhe receitou florais para combater a depressão, mas os pensamentos negativos e suicidas que ela tinha não diminuíam. Outras tentativas também foram em vão até que ela recebeu um convite. “Frequentar o espiritismo com a minha mãe também não deu certo. A situação só mudou quando meu tio me convidou para ir à Universal. Eu disse para Deus que se meu time fosse para a final do campeonato que estávamos jogando eu iria. Meu time estava perdendo o jogo inteiro, mas, faltando quatro minutos, empatou e com dois minutos virou o jogo. Comecei a ir todo o domingo na Igreja e a pegar firme, até que fui batizada com o Espírito Santo.”

Hoje ela diz que é capaz de fazer as coisas sem medo. “Não tenho mais problemas para dormir. Eu costumo dizer que eu não durmo, eu morro, e que não acordo, eu ressuscito. Sou feliz, não tenho pensamentos negativos nem problemas de autoestima ou mágoas da família. Minha relação com minha mãe também mudou. Podemos não concordar em algumas coisas, mas conseguimos conversar sobre tudo.”

Ela também teve uma nova oportunidade profissional. “Quando eu era pequena tinha treinado artes marciais e parei por problemas financeiros, mas, por conta da faculdade de educação física, fiz estágio em uma academia de tae kwon do, comecei a treinar e gostei. No ano passado, me contrataram como instrutora. Também sou coordenadora do grupo Depressão tem Cura (DTC) e passei a ajudar pessoas que sofrem do mesmo mal que eu tive”, narra.

Katharine aconselha a quem não tenha paz por causa de problemas internos a se entregar totalmente a Deus: “coloque o problema que você está passando nas mãos dEle e confie. Deus é o Único que pode ajudar e curar essa dor, porque a depressão nada mais é do que uma dor na alma e só o Espírito Santo preenche esse vazio que ela causa. Eu posso dizer que tenho paz hoje por conta do Espírito Santo. Ele me sustenta em tudo, independentemente das dificuldades que eu enfrente”.

Favores ao tráfico
O profissional autônomo Kaio Antônio de Almeida, (foto abaixo) de 31 anos, é outro exemplo de quem relutou em encontrar o Autor da Verdadeira Paz. Nascido em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, em uma família que frequentava a Universal, a mudança para a cidade de Valença, no sul do Estado, quando ele tinha 13 anos, trouxe severas transformações na sua vida. “Acabei me desviando de Deus. Eu saía para as baladas e fumava cigarro, até que fui apresentado à maconha e passei a usá-la.”

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Kaio diz que fumar o ajudava a ser aceito pelo grupo de amigos. “Eu queria ser igual a eles. Comecei a beber mais e a consumir cocaína até ficar viciado, mas era um vício caro e eu não tinha condições de pagar. Por isso, passei a fazer alguns favores para o tráfico: levava encomendas de moto e de carro em troca de drogas, até que comecei a colocar as pessoas que tinham me iniciado para vender para mim. Eu também me prostituía com o dinheiro que ganhava”, revela.

Ele também começou a se envolver com o roubo de veículos e continuava se drogando. “Eu voltava para casa passando mal por ter consumido muita droga e ter me alimentado mal. Cheguei a expelir sangue pelo nariz e pela boca ao mesmo tempo. Tentei matar meu pai em brigas que tivemos e para afrontar minha mãe eu levava o pessoal do tráfico para dentro de casa. Ela manteve a Fé e continuou sacrificando por mim na Igreja. Então resolvi ir à Universal depois de tanto beber”, relata.

Kaio conta que conheceu sua esposa, Mayara, no carnaval de 2009. “Ela também tinha muitos problemas na família e, desde os 12 anos, bebia em grande quantidade. Ela vinha de um relacionamento em que apanhava do ex-namorado e tudo isso me chamou atenção, pois eu sabia que era um problema espiritual. Começamos a ir à Universal juntos. Ela foi por opção própria. Eu não tive de forçá-la a nada. Cinco anos depois nos casamos.”

Depois de um tempo, Kaio e Mayara se livraram dos vícios e foram batizados com o Espírito Santo. Hoje Mayara está grávida. “Acredito que quem escolhe se entregar a Deus deve ser perseverante para ter paz. No início, eu ia até drogado na Igreja. O importante é a pessoa manter a Fé e não desistir. No começo vai ser muito difícil, mas tem que ter vontade de mudar e, acima de tudo, crer em Deus, não desistir e evitar os pensamentos de que está em pecado. Esses pensamentos virão, mas, se você mantiver o foco em Deus, o milagre vai acontecer”, observa Kaio.

Dez vezes maior
Marcos Moraes, (foto abaixo) de 47 anos, nasceu em Curralinho, na Ilha de Marajó, no Estado do Pará, e também desconhecia o poder apaziguador de Deus. Dos 14 filhos que seus pais tiveram, ele está entre os sete que sobreviveram às condições de pobreza que assolavam sua família. Ele conseguiu cursar o ensino fundamental e, assim que pôde, se mudou para Belém, onde, aos 28 anos, conheceu sua esposa, Dorina Moraes.

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Mas o que a princípio era para ser uma união feliz logo se mostrou um verdadeiro inferno. “Nós dois bebíamos demais e tínhamos muito ciúme um do outro. Financeiramente também não íamos para a frente, pois só tínhamos nossos salários e morávamos de aluguel. Apesar de não ter perspectivas, eu sonhava em me tornar empresário e achava que o único problema em nosso casamento eram as brigas. Só depois compreendi que não era só isso”, afirma.

A saúde do casal também não era boa. “Eu descobri que era hipertenso e minha esposa não dormia bem e tinha muita dor de cabeça. Certa vez assistimos a um programa da Universal e decidimos ir à Igreja. Foi como amor à primeira vista. Tomamos a decisão de que era o lugar que queríamos permanecer e estamos na Igreja até hoje”, revela.

Muito se fala atualmente sobre a busca da paz. Conflitos espalhados pelo mundo motivam os mais intensos debates sociológicos sobre o tema

A chegada deles à Igreja coincidiu com a proximidade da realização de uma campanha da Fogueira Santa. “Eu e minha esposa trabalhávamos na mesma empresa e sacrificamos todo o nosso salário no Altar. Lembro de ter pedido para ter paz e viver bem. Depois de um tempo, decidi sair do emprego para montar a nossa empresa na área de tecidos. A questão do casamento e da saúde logo foi resolvida. Nunca mais tive nenhum problema de hipertensão e minha esposa também deixou de ter dores
de cabeça.”

Mas, passados cinco anos, a empresa ainda não progredia. “Ela era praticamente de fachada, até que eu fui ao Congresso para o Sucesso (que acontece às segundas-feiras em todas as igrejas Universal) e comecei a obedecer. A mudança foi instantânea. De um espaço de quatro por quatro metros fui para um local dez vezes maior. Nossa empresa já tem 13 anos e está entre as duas maiores do Estado. Temos casa própria, diversos bens e viajamos para vários lugares. Estamos comprando, inclusive, o prédio onde eu e minha esposa trabalhávamos como empregados. Durante a pandemia, não demitimos nenhum funcionário e continuamos confiando em Deus e em que tudo vai dar certo”, esclarece.

Apesar da conquista dos bens e da mudança financeira, Marcos sabe que a paz que o casal tem não vem delas. “Não é o dinheiro que traz a paz interior. Ela só vem pelo Espírito Santo. Se hoje temos carros, empresa e lancha foi porque Deus nos proporcionou, mas a paz não vem disso. Conhecemos pessoas que têm uma vida financeira regalada e não têm paz”, analisa.

Marcos avalia que aqueles que buscam a paz têm que crer primeiramente em Deus e depois em si mesmos. “Eu tinha tudo para desistir, pois vim de um local que não tinha perspectiva nenhuma. Não consegui ter uma formação acadêmica e, pelas circunstâncias, a tendência era que eu me acomodasse, mas, quando você busca a Deus, Ele ilumina os seus pensamentos. Para Deus, não importa a sua formação. Ele diz que é contigo e você começa a adquirir essa força e, então, conquista tudo o que almeja”, conclui.

Só há um caminho
É preciso entender que quem vive sem paz não consegue ser feliz. “Sem paz, não há satisfação, mesmo com a melhor comida, a melhor companhia, o melhor lazer”, escreveu o Bispo Edir Macedo em seu blog. Ele ressaltou que as dúvidas que surgem no dia a dia roubam a paz porque elas neutralizam a Fé. “Todos os dias, durante o período que estamos acordados, temos de escolher entre a Fé ou a dúvida; entre olhar para os fatos da vida e para as pessoas sob a ótica de Deus ou sob a ótica humana. Temos que decidir viver no Espírito ou na carne. Não há terceiro caminho”, explicou.

O Bispo enfatizou ainda que a Fé é necessária para se manter em paz. “Ao contrário da dúvida, a Fé garante a paz, o equilíbrio e a segurança da alma. Quando se está na Fé, se está no Espírito e vice-versa. Neste caso, não há a mínima chance para temores, estresse, tormentos e apreensão. Portanto, a Fé e a paz caminham juntas e o que proporciona essa harmonia e essa força é a prática da Palavra de Deus. Quem apoia sua mente e sua vida nos Preceitos Divinos vence tudo. Para este, não tem azar, inveja, ameaças do mal ou afrontas”, escreveu.

Se você reconhece que tem procurado a paz em lugares errados e que ela tem sido passageira, comece a buscar a Verdadeira Paz que só pode vir do Alto. Participe das reuniões em uma Igreja Universal, busque a Deus com sinceridade e você encontrará de fato a felicidade.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: fotos: Demetrio Koch, Getty Images e arquivo pessoal