Amigos enviam este tipo de vídeo?

Entenda como um homem sério deve reagir ao receber material pornográfico

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Não é de hoje que Facebook, Instagram e WhatsApp, entre outras redes sociais, são os principais meios de comunicação entre amigos. Os conteúdos compartilhados por eles incluem notícias, músicas, piadas, fake news (notícias falsas) e – pasmem! – até fotos e vídeos pornográficos. Embora os malefícios da pornografia já sejam conhecidos, há quem tolere o recebimento desse material sem expressar que é contra. E há quem realmente goste, comente e compartilhe o que recebe dos “amigos”.

Provavelmente, em algum momento, homens comprometidos foram questionados por esposas, noivas ou namoradas sobre o motivo de se manterem em grupos e redes que espalham conteúdo pornográfico. Alguns costumam se defender e dizem que não os pediram nem os repassam – mas não impedem o recebimento.

Há quem se engane e diga a elas que apenas admira as fotos compartilhadas e que isso jamais prejudicará ou interferirá em seu relacionamento. Outros respondem a elas que não há nada errado em fazer parte dos grupos e que é apenas uma forma de interagir com os amigos. Inclusive, há quem defenda os propagadores desse tipo de conteúdo e afirme que é algo inocente.

Contudo há muito mais por trás dessas atitudes do que se imagina. Uma pesquisa realizada no ano passado pelo Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB) apontou que a pornografia, a misoginia e a objetificação da mulher têm sido comuns em grupos de WhatsApp masculinos. Segundo o estudo, esses grupos são ambientes em que há disputa por atenção e compartilhar pornografia é uma forma eficaz de se destacar. Outra conclusão da UnB é que as redes sociais intensificaram ações desse tipo porque há uma sensação de anonimato. Com frequência, o silêncio do homem se torna um “emoji” de aprovação ao receber um vídeo ou foto. Na sequência, surgem os comentários nada construtivos em relação ao sexo e às mulheres.

A verdade é que muitos não percebem que suas atitudes em relação aos grupos de redes sociais masculinos podem levar ao vício em pornografia e trazer diversas consequências da dependência para a vida fora das telas. Muitos homens passam a esperar que os amigos mandem esse tipo de conteúdo, a repassá-los e até mesmo a procurar vídeos e fotos em sites específicos para compartilhar, com a finalidade de serem mais bem-quistos. Aos poucos, o que era “só receber” fotos se torna uma necessidade de encontrar coisas novas e que se destaquem. Esse consumo aumenta e passa a afetar todas as áreas da vida e pode até inspirar alguns a procurar relações fora do casamento.

De acordo com o Bispo Renato Cardoso, “o homem pode continuar a ter o amigo, desde que coloque limites para essa amizade”. É necessário deixar clara a sua posição sobre esse assunto. “Você tem que dizer para o seu amigo que não quer esse tipo de vídeo no seu WhatsApp!”, determina o Bispo.

Casado ou não, o homem inteligente se protege de cair em tentação. Por que andar à beira do abismo se há um caminho seguro longe do precipício? O Bispo usa o exemplo de um alcoólatra em recuperação. Esse homem não pode estar perto de bebidas, pois sabe que será tentado por elas. Então, ele avisa aos amigos para que não lhe ofereçam álcool. Se forem seus amigos mesmo, eles respeitarão o pedido. Se não respeitarem, é melhor que essa “amizade” seja rompida de vez. E você, quando vai impor limites aos amigos inconvenientes?

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Eder Santos