Alerta: sinais de ataque cardíaco vão além de dor no peito

Estudo inglês mostra que sintomas podem ser ignorados até em hospitais. Conheça o problema e saiba como se proteger

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Muitas pessoas sabem que dor forte no peito pode ser sinal de ataque cardíaco. Contudo, existem outros sintomas que também indicam um ataque. A má notícia é que eles podem ser negligenciados por grande parte da população e até por médicos.

Na Inglaterra, um estudo mostrou que 16% das pessoas que morreram de ataque cardíaco em hospitais tinham sido internadas nos 28 dias anteriores à morte por causa de outras condições de saúde. A pesquisa levanta a possibilidade de que os médicos tenham ignorado sinais de alerta precoces de ataques cardíacos, embora não exista certeza quanto a isso. O estudo analisou 158.711 mortes por ataques cardíacos na Inglaterra de 2006 a 2010 e foi publicado na revista Lancet.

O que é

O ataque cardíaco ou infarto agudo do miocárdio é a necrose de parte do músculo cardíaco causada pela falta de irrigação sanguínea do coração. Isso acontece por causa do entupimento parcial ou total das artérias em razão de placas de colesterol que foram se acumulando durante anos. O infarto ocorre de forma rápida e em muitos casos leva à morte.

Sintomas

A dor torácica é o principal sintoma ligado ao infarto, informa o Ministério da Saúde. Ela é uma dor súbita sobre o osso localizado no meio do peito, constante e parecida a um aperto no peito, e que pode ou não se irradiar para outras partes do corpo, como mandíbula, costas, pescoço e braços, principalmente na face interna do braço esquerdo.

Entretanto, os sintomas nem sempre são óbvios. Os sinais de infarto também incluem transpiração em excesso, falta de ar, queimação no peito, desmaios, náuseas, vômito, tonturas, palpitações, fraqueza e até uma forte sensação de ansiedade, que pode ser confundida com um ataque de pânico, segundo informações do NHS, o serviço nacional de saúde britânico.

O que fazer

Se você desconfia que está com sintomas de ataque ou ao lado de alguém com eles, vá imediatamente a um pronto-

socorro ou ligue para o Serviço de Atendimento Móvel (Samu) no telefone 192 (gratuito). O atendimento imediato aumenta as chances de sobrevivência e recuperação.

Fatores de risco

Muitos fatores de risco dependem dos hábitos de cada pessoa. Cigarro, álcool e outras drogas aumentam o risco de infarto, assim como o sedentarismo e estresse. O risco de infarto pode ser maior entre pessoas com pressão alta e diabetes e entre as que se alimentam com excesso de gordura, carboidratos, sal e alimentos processados, como salsichas, mortadela, refrigerantes e comida pronta. A idade mais avançada e o histórico familiar de doenças cardiovasculares também são sinais de alerta.

Proteja-se

Manter uma alimentação rica em verduras, frutas, legumes, castanhas e grãos integrais é o primeiro passo para cuidar da saúde, indica o Ministério da Saúde. É importante evitar açúcar, sal e alimentos gordurosos e industrializados. Fazer caminhadas diárias e outras atividades físicas, além de ir ao médico e fazer exames regularmente, também ajuda a manter a saúde do coração. E não se esqueça de dormir bem e controlar o estresse, combinado?

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Colaborador

Por Rê Campbell / Foto: Fotolia