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Notícias | 12 de Março de 2023 - 00:05


Adolescentes em risco

O acesso cada vez mais precoce a padrões de beleza impostos pela sociedade acende o alerta para os transtornos alimentares em jovens, principalmente em meninas que tentam se encaixar em um molde irreal que custa sua saúde

Adolescentes em risco

Redes sociais, filmes, séries, propagandas, desenhos animados e até brinquedos impõem um padrão de beleza que tem influenciado a relação de adolescentes com o próprio corpo e colocado em xeque a singularidade de cada um deles.

Enquanto alguns adaptam seu linguajar ou aderem a vestimentas para se enquadrar a esse modelo, outros acabam se submetendo a restrições alimentares para alcançar o tal “corpo ideal”. Em fevereiro deste ano, um estudo global, publicado na revista científica Jama Pediatrics, da Associação Médica Norte-Americana, revelou que 30% das meninas entre 6 e 18 anos sofrem com algum transtorno alimentar. A pesquisa incluiu mais de 60 mil participantes de 16 países.

A psicóloga e especialista em terapia cognitivo-comportamental e em avaliação neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Elaine Di Sarno, explica que a principal característica desses transtornos é a desordem no comportamento alimentar considerado normal. “As pessoas que têm esses transtornos alimentares costumam enfrentar uma guerra todos os dias com o espelho ao se verem gordas, deformadas, ao não gostarem do que veem e nunca conseguem se sentir bem consigo mesmas. Isso acontece muitas vezes até com pessoas que já estão abaixo do peso considerado saudável”, destaca.

Os principais tipos de transtornos alimentares são a anorexia e a bulimia, apelidadas respectivamente de Ana e Mia por adolescentes que adotam, erroneamente, tais transtornos como um estilo de vida. A anorexia é caracterizada pela baixa ingestão de alimentos, o que gera uma perda de peso significativa; já na bulimia, apesar de ocorrer o consumo de alimentos, são usados métodos para indução de êmese (vômito).

Elaine reforça que tais práticas trazem riscos à saúde e à vida: “o resultado é uma paulatina deterioração física e mental, que começa com sintomas leves, como tonturas, tremedeiras, fraqueza, gastrites, variações de humor, complicações cardiovasculares e renais, e pode levar à morte”.

Insatisfação e hora da ajuda
Por que são as meninas que mais sofrem com o problema? “Uma das hipóteses mais aceitas para a maior incidência de anorexia e bulimia no sexo feminino é que os homens não sofrem tanta pressão social para serem magros ou quanto à aparência física e costumam aceitar com mais facilidade a sua imagem corporal”, diz Elaine.

Os pais e tutores são os primeiros a influenciar os adolescentes e devem também ser os primeiros a notar se há algo atípico em seu comportamento habitual, como na alimentação, nos comentários sobre a própria aparência e no conteúdo consumido pela internet. Além disso, os pais podem servir de modelos a serem seguidos. “É importante que os pais demonstrem uma atitude positiva em relação à autoimagem, evitando comentários negativos sobre seu corpo (e sobre o de outras pessoas) e destacando aspectos que não estejam relacionados à aparência física. É também fundamental que promovam um estilo de vida saudável para a família”, ensina.

Quando a adolescente está em um quadro de anorexia, bulimia ou de compulsão alimentar, a ajuda deve ser imediata.

O tratamento é individual, varia conforme a gravidade e o histórico e envolve uma equipe multidisciplinar com médico clínico ou psiquiatra, nutricionista e psicóloga. Elaine reforça que todo esse sofrimento com transtornos e tratamentos pode ser evitado “se as pessoas acreditarem na sua beleza genuína e singular”.

Recado aos adolescentes
Você acredita que já tem idade suficiente para tomar suas próprias decisões, não é? Então, seja inteligente. O mundo sempre vai impor padrões irreais de beleza, influenciar comportamentos autodestrutivos e tentar anular a exclusividade de sua essência. Não permita que isso ocorra.

Aprenda a aceitar que sua beleza é única e a se envolver somente com quem também vê e reconhece seu valor.

A fase da adolescência é sempre desafiadora, não apenas pelas influências externas, mas, também, pelos dilemas internos e mudanças que ocorrem nessa transição da infância para a fase adulta. Por isso, o Força Teen Universal (FTU), coordenado pelo Pastor Walber Barboza e por sua esposa, Patrícia, conta com conselheiros que ajudam a lidar com esse período da vida da melhor maneira.

“No FTU o adolescente aprende que a solução não é mudar o exterior. O verdadeiro valor não está naquilo que se tem ou se faz, mas em quem se é. Então o padrão muda para um mais elevado, que é como Deus nos vê? Como Ele vê nosso corpo? Como morada dEle, com um valor inestimável”, diz Patrícia.

O FTU também fala da importância do relacionamento familiar e oferece várias atividades que ajudam o adolescente a interagir no mundo real. O Pastor Walber faz um convite: “para participar do FTU é muito simples, basta que o adolescente, entre 11 e 14 anos, procure o conselheiro do FTU na Universal mais perto de sua casa”.


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  • Laís Klaiber / Foto: Getty Images 


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