A valorização pessoal das detentas também faz parte do processo de ressocialização

Após rebelião, grupo de voluntárias do UNP é convidado para realizar ação em presídio feminino no Uruguai

Imagem de capa - A valorização pessoal das detentas também faz parte do processo de ressocialização

O grupo Universal nos Presídios (UNP) do Uruguai realiza um dedicado trabalho de evangelização e atendimento social em prol das mulheres presas em penitenciárias femininas do país. Semanalmente, voluntárias visitam os presídios com o objetivo de levar a Palavra de Deus a centenas delas.
Recentemente, a unidade 5 do Centro Nacional de Reabilitação, em Montevidéu, capital e maior cidade do país, onde estão 320 detentas, passou por uma rebelião. Houve confronto, inclusive com feridos. Poucos dias depois, o grupo UNP Feminino, que já realiza ações periodicamente no local, foi convidado a realizar uma ação de interação social e que levasse também uma palavra de fé e paz.
“Somos a única Igreja que faz esse trabalho lá dentro e os diretores sabem que podem contar com o grupo, porque sempre estamos dispostos a ajudar. Eles também contribuem muito com o nosso trabalho, abrindo as portas para toda ação realizada. Somos muito bem recebidos e respeitados. Nesta ação conseguimos reunir policiais, carcereiros e funcionários interagindo na mesma atividade que as detentas foram atendidas”, explicou Suzana Rubio, responsável pelo grupo no Uruguai.
Processo de ressocialização

A ação realizada foi o “Dia de Beleza”. Cerca de 35 voluntárias do grupo, que já realizam ações no local (como visitas ao setor de segurança máxima e as celas de solitárias), ofereceram diversos tipos de serviços. Em todas as visitas há doações de itens angariados pelo grupo como kits de higiene pessoal e alimentação.
Neste dia, mais de 120 detentas foram atendidas com sessões de cabeleireiro, manicure, limpeza de pele e massagens. Além disso, distribuíram para cada uma delas kits com alfajores, frutas, entre outros itens e compartilharam uma farta mesa de lanches. Houve uma oração especial pela vida delas.
A ação foi realizada com o objetivo de fazer as detentas se sentirem valorizadas. Cuidar da beleza e do bem-estar aumenta a autoestima delas e isso também faz parte do processo de ressocialização.
“As ações fazem com que elas conheçam o trabalho da Igreja. Além disso, é muito importante que possam também compartilhar momentos com as demais internas. Uma vez que muitas delas já sofrem com a rejeição dos familiares e da sociedade, ações como essa fazem a grande diferença”, concluiu Suzana.

Uma das detentas que participou da ação foi Luciana Velázquez, de 32 anos. Na semana seguinte ela conquistou a liberdade e já está frequentando as reuniões da Universal na região de Paso Molino, em Montevidéu.
“Todas as vezes que chegava o dia do grupo nos visitar e realizar uma ação social, esperávamos com muita alegria. Sabíamos que naquele momento estaríamos em família, pois, o que as voluntárias do grupo UNP Feminino fazem pelas detentas é muito gratificante e ninguém mais faz”, contou Luciana.
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Colaborador

Michele Roza / Fotos: Cedidas