A quem você tem se comparado?

Saiba quais são os prejuízos da comparação e aprenda a combatê-la

Imagem de capa - A quem você tem se comparado?

Estamos inseridas em uma sociedade em que o hábito de fazer comparações é estimulado diariamente. As redes sociais, por exemplo, se transformaram em uma vitrine de vidas supostamente perfeitas, nas quais o relacionamento é extremamente feliz, os dias são cheios de animação e a beleza nunca falta, inclusive existem até filtros de imagem para esconder as imperfeições e valorizar ainda mais as fotos.

Neste cenário, as redes sociais se tornaram uma verdadeira rede de ciladas para as mulheres, como se já não bastassem as armadilhas nos filmes, nas séries e nas novelas.

Uma das razões que fazem do público feminino o maior alvo das comparações é a natureza observadora da mulher. O dicionário Michaelis define a palavra comparação como “colocar em aproximação duas ou mais coisas de distintas naturezas, para mostrar semelhanças e diferenças entre elas”.

Na prática, a comparação começa no olhar e pode até se disfarçar de um sentimento positivo como o de admiração. Por exemplo, quando uma mulher admira a atitude de uma amiga. A admiração em si não é um problema, mas passa a ser prejudicial quando começam a surgir pensamentos como “olha só que legal essa atitude, mas eu não tenho capacidade para fazer algo parecido” ou então “ela é tão talentosa.

Pena que eu não tive os recursos para investir em mim antes”. Pensamentos assim trazem inúmeros prejuízos, entre eles destacam-se a baixa autoestima, a falta de amor-próprio e a síndrome do coitadismo.

Dessa forma a comparação faz com que uma mulher deixe de enxergar o seu valor e seus atributos únicos para, de certa forma, colocar acima de si outra pessoa. Na tentativa de se igualar, começa sua busca incessante pela perfeição.

É se comparando com atrizes, modelos e influencers digitais, por exemplo, que inúmeras mulheres investem em tudo que está na moda para se sentirem mais parecidas com suas referências. Contudo o resultado geralmente é contrário ao esperado, aumentando assim sua insegurança.

Seja você mesma
Sem acreditar no seu próprio potencial, a tendência é que você olhe para si mesma com pena e comece a criar inúmeras justificativas para não desenvolver aquilo que Deus colocou em suas mãos.

Para vencer a comparação é preciso primeiro entender que você é única. Fisicamente, o seu DNA é só seu, as suas digitais não são encontradas em outra pessoa, a íris de cada um dos seus olhos é singular e, segundo especialistas, até as batidas do seu coração têm um ritmo diferente das de outra pessoa.

Da mesma forma, internamente você nasceu com talentos diferentes dos de outras pessoas e tem facilidades e habilidades distintas. Tudo isso só mostra o quanto você é especial para o Criador.

Se comparar com outras pessoas só vai desvalorizar quem você é. Então, não se espelhe em seres humanos que são tão falhos quanto você e tenha Jesus como sua única referência. “Quando nascemos de Deus, não existe problema de autoestima, pois o Espírito Santo transforma nossa identidade e o nosso valor. Por isso, não ficamos nessa oscilação de estarmos ora bem, ora mal. Não ficamos feridos pela forma que somos tratados, muito menos com um superego, porque estamos realizados em alguma situação”, explica a colunista Núbia Siqueira em seu blog no portal universal.org.

Em vez de se comparar com outra pessoa, busque ter o caráter de Deus em seu DNA e desenvolver os talentos que Ele lhe deu para glorificá-Lo. Lembre-se: o combate à comparação e ao espírito de inferioridade deve ser diário e combinado com a Fé inteligente. “Não é o que eu sinto que conta, mas quem eu sou para Deus. Esse é o motivo da felicidade que ninguém nem nada tem o poder de nos tirar”, afirma Núbia.

imagem do author
Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto: Getty Images