A indignação está nas ruas

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O desequilíbrio de muitos governadores e prefeitos, nas medidas restritivas de combate à pandemia, obrigando as pessoas a ficarem em casa, sem direito a ir trabalhar para garantir o sustento próprio e familiar, ainda que respeitando os protocolos de segurança, teve consequências sociais e econômicas gravíssimas. A doença requer cuidado, mas a economia não poderia ser negligenciada, o que resultou em milhares de empresas fechadas e milhões de desempregados, fora os informais, e assim a fome chegou com mais intensidade nos lares dos brasileiros.

Quem já era pobre, sem emprego, renda e trabalho ficou mais necessitado ainda. Os dados da pesquisa Olhe para a fome, divulgados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, revelaram que cerca de 19 milhões de brasileiros sofreram com a fome no último trimestre de 2020.

Muitos governantes estaduais e municipais, que decretaram medidas severas e insanas de confinamento social, deveriam pensar: essas ações mais ajudaram ou atrapalharam a vida das pessoas?

Ao que tudo indica, mais atrapalhou e, na hora de pagar a conta, a responsabilidade ficou a cargo do governo federal. Mais uma medida provisória, a de nº 1.045, de 27 de abril de 2021, assinada pelo presidente que chamam de “genocida”, criou outro Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que representa um alento e esperança para o trabalhador e se tornou uma tábua de salvação para os empresários que estão sem fôlego financeiro para pagar a folha de pagamento.

Os objetivos da nova medida provisória são preservar o emprego e a renda, garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais e reduzir o impacto social da crise sanitária. Os principais alvos consistem na viabilidade legal de redução proporcional de jornada de trabalho e de salários de até 70% e a suspensão temporária do contrato de trabalho.

Manter os empregos e a renda dos brasileiros em épocas de crise não deveria ser responsabilidade somente do governo federal. Estados e municípios também deveriam desenvolver políticas públicas, visando a retomada do crescimento econômico e a manutenção dos postos de trabalho e emprego. Só temos um único inimigo: o vírus, mas parece que o vírus tem sido como um palanque político.

Será que alguns governantes e postulantes ao Palácio do Planalto em 2022 têm nutrido uma sede do poder pelo poder e trabalhado para sacrificar a economia do País só porque defendem e torcem pelo quanto pior melhor, desgastando o atual mandatário para viabilizar seus nomes junto ao povo?

Mas o povo está atento. As pessoas começaram a se indignar contra os “poderosos” que se mostram incomodados com o atual governo que já está no poder há mais de dois anos e não se tem notícias de corrupção, da roubalheira sistêmica que se viu recentemente.

A indignação do povo está nas ruas, como se viu nas manifestações do Dia 1ºde Maio, dia do trabalhador. O verde e o amarelo tomaram as avenidas Brasil afora e o recado ficou numa clareza solar: nossa bandeira jamais será vermelha.

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Colaborador

Redação / Foto: Folhapress