Lá vem a noiva toda de branco, com a marcha nupcial e a pergunta um pouco antes do final da cerimônia: “se alguém tem alguma coisa contra este casamento, fale agora ou cale-se para sempre”. Nos filmes e novelas, esta testemunha é frequentemente lembrada pelo celebrante, mesmo que seja por mera tradição, para o cumprimento do rito religioso, até que o grande “sim” aconteça. Essa testemunha – que ninguém quer que apareça – e todas as outras que honrosamente receberam o convite para comparecer ao casamento são lembradas o tempo todo, mas há uma que deve ser a anfitriã da cerimônia: o Altar.

Quando o casal se posiciona em frente ao Altar assume perante os outros o compromisso diante do Autor do Amor. Esse é o diferencial de quando a bênção do casamento parte do Altar e um dos motivos (aliás, o principal) pelos quais o casal deveria sempre considerá-lo.

Vez ou outra aparece em destaque, em um ranking, o local dos sonhos em que muitos desejam realizar a cerimônia. Nele, figuram os lugares mais clássicos, como um salão bem decorado ou um castelo para chamar de seu por uma noite. Entre as possibilidades mais diferenciadas está o chamado destination wedding – que combina a cerimônia de casamento com o destino dos sonhos – geralmente, locais paradisíacos espalhados pelo País e pelo mundo. Com isso, a preocupação de muitos, em vez de ser com quem vão se casar, passa a ser onde será o casamento, deixando em segundo lugar – literalmente – o que realmente deveria ser levado em conta: a bênção na Igreja.

“Muitas pessoas não estão muito preocupadas com a bênção de Deus quando se unem, mas quando o casal se preocupa em levar o casamento até o Altar para receber do Altar a bênção de Deus e fazer dEle a testemunha daquela aliança Divina trocada entre os dois, então, no dia da aflição, no dia da angústia, pode contar com essa testemunha”, esclarece Renato Cardoso, que é autor com sua esposa, Cristiane Cardoso, do best-seller Casamento Blindado.

A NECESSIDADE DESSA TESTEMUNHA
Os empresários Guilherme Vinicius Sanchez Alves, (foto abaixo) de 28 anos, e Andreia Cristina Alves, de 24 anos, se casaram há apenas sete meses. A união aconteceu em Sorocaba, no interior de São Paulo, no dia 9 de novembro de 2019. Não houve festa de casamento para dezenas de convidados ou uma Igreja forrada de rosas, orquídeas brancas com peônias e hortênsias roxas para contrastar, por exemplo. Em vez disso, o casal fez questão que o Altar – dentro do casamento tradicional – fosse priorizado. “Convidamos apenas 17 pessoas: somente a família e alguns amigos bem próximos. Optamos por não fazer festa porque o mais importante, para nós, era receber a bênção de Deus no Altar. O casamento no Altar simboliza a aceitação de Deus”, entende Andreia. Ela revela que esse detalhe fez a diferença: “priorizar o Altar e fazer a vontade de Deus foi tudo em minha vida. Deus fez além do que um dia sonhei para mim”, observa.

CONSTRUÇÃO A TRÊS
Apesar de ter se conhecido nas redes sociais, o casal não abriu mão de algo que muitos desconsideram. Guilherme morava no interior de São Paulo; já Andreia é catarinense, da cidade de Chapecó. Antes do namoro, o casal manteve uma conversa por três meses, que envolveu videochamadas, ligações e troca de mensagens. “Entrei em um avião e a pedi em namoro aos pais dela. Com seis meses, fiz o pedido de noivado, mas eu precisava conhecer melhor as atitudes, os pensamentos, os objetivos dela e ela os meus”, diz Guilherme.

Ele conta que desde o início do namoro priorizavam a bênção na Igreja: “tudo o que fazíamos era sempre pensando no Altar. Sempre priorizamos a Deus no relacionamento. Em todas as nossas ações, nos preocupávamos antes com Deus”.

Guilherme relata está o casamento: “estamos na fase de adaptação, cedendo de um lado e aprendendo do outro, construindo nosso casamento, nossa vida e o Altar permanece conosco”, salienta.