“A dor era tão grande que parecia que eu tinha uma faca fincada no tórax”

Priscilla Emanuelle de Oliveira Sinézio foi diagnosticada com um câncer em estágio avançado, mas a Fé fortalecida fez toda a diferença na cura que parecia impossível

Imagem de capa - “A dor era tão grande que parecia que eu tinha uma faca fincada no tórax”

Em meados de 2016, Priscilla Emanuelle de Oliveira Sinézio, hoje com 32 anos, começou a sentir um mal-estar e muita dor no estômago.

Após quatro meses enfrentando os sintomas, ela procurou ajuda médica. “Comecei a vomitar tudo o que comia, até a água que eu bebia.

Cheguei a ponto de vomitar sangue. Perdi completamente o apetite e fui emagrecendo excessivamente”, recorda.

Exames como o de endoscopia foram feitos e apontaram uma forte gastrite causada pela bactéria Helicobacter pylori. “Tive que fazer um tratamento com antibióticos e inibidores da bomba de próton, porém, sentia mais dores e definhava. Durante oito meses, os médicos falavam para eu ter paciência, pois a gastrite era assim. Eu sabia que tinha algo errado. Busquei outras opiniões médicas e na terceira endoscopia desconfiou-se de algo mais grave, pois meu problema no estômago tinha piorado consideravelmente.”

SUSPEITA E DESCOBERTA
A suspeita era de linfoma de Burkitt (um linfoma não Hodgkin), câncer altamente agressivo com potencial de metástase (que se espalha pelo corpo e acomete outros órgãos). O médico pediu um exame chamado imuno-histoquímica e a doença foi confirmada. “Precisei iniciar o tratamento às pressas”, conta.

BATALHA INTERNA
Priscilla é casada há 12 anos com o Pastor Daniel Rodrigo Sinézio, de 35 anos. Atualmente, o casal faz a Obra de Deus no Altar em Franca (SP). “Senti uma pressão do inferno me cercando com pensamentos terríveis: ‘como Deus te deixou ser tão humilhada assim?’, ‘o que você fez para merecer isso? e ‘você serve a Deus desde a infância, porque Ele te desamparou?’ Até que dei um basta, repreendi com revolta a autocomiseração e orei: ‘Meu Deus, não entendo o porquê de tudo isso. Se eu tiver que entrar na fornalha, lá dentro o Senhor dará o livramento. Eu só preciso que o Senhor vá comigo nessa batalha’”.

O TRATAMENTO
Ela fez quimioterapia e, como o câncer e o tratamento eram bastante agressivos, ela precisou ficar internada.

A primeira internação durou 27 dias. “Precisei fazer o implante de um cateter para receber a quimioterapia e, na cirurgia, houve complicações. Tive um pneumotórax, que é quando o ar escoa para o espaço entre os pulmões e a parede torácica. Fiquei com quilotórax, acúmulo de linfa no espaço pleural, e tive derrame pleural (acúmulo de fluidos em torno dos pulmões por causa da inflamação). O que já estava ruim ficou muito pior. Um dreno torácico precisou ser implantado. A dor era tão grande que parecia que eu tinha uma faca fincada no meu tórax e tive que tomar medicamento na veia para suportar. Fiquei com ascite, que é a barriga inchada por líquido. Falaram que poderia haver efeitos permanentes, como perda de função renal e cegueira, e que o pulmão nunca mais seria o mesmo. Houve uma médica que disse que meu estômago estava tomado, que eu provavelmente teria que fazer uma gastrectomia total (a retirada de todo o estômago), pois seria impossível recuperá-lo.”

Um dos momentos difí-ceis para Priscilla foi lidar com a queda de cabelo. “Ao me olhar no espelho, careca e com 35 quilos, só pele e osso, veio novamente aquela maldita voz do sentimento para me abalar, mas a repreendi e disse que a minha beleza vinha de dentro, da força do Espírito Santo.”

RESPOSTA
Priscilla ouvia a Fé falar mais alto: “a Fé me dizia que essa enfermidade não era para a minha morte, mas para a glória de Deus. Por isso, lembro de pedir ao meu esposo que tirasse várias fotos, porque iríamos glorificar o nome do Senhor Jesus. Era junho de 2017. Em julho, teve início o propósito da Fogueira Santa. Tudo na nossa vida sempre foi no Altar e naquela situação não seria diferente. Não bastava falarmos para Deus que confiávamos em Sua Palavra, tínhamos que provar com atitudes. Não era a compra do milagre, mas nossa prova para que Deus e nós mesmos soubéssemos o quanto confiávamos nEle. Ele viu nossa confiança materializada por meio do nosso voto de sacrifício.”

E, como o Altar não deixa ninguém sem resposta, ela não demorou a chegar. “O médico, ao fazer o raio X do pulmão, ficou perplexo, pois inexplicavelmente o líquido secou e o ar sumiu das cavidades do pulmão. Ele até pediu para repetir o exame, pois achou que podiam ter trocado os resultados, mas não houve confusão, mas milagre. Era como se meu pulmão nunca tivesse sofrido absolutamente nada.

Quando fizeram um exame chamado PET Scan, para ver se o câncer estava em outras partes do corpo, o médico viu outro milagre: a doença não tinha se espalhado e estava regredindo. O doutor que cuidou de mim vibrava a cada milagre. Ele disse que nunca tinha visto algo assim em tantos anos de profissão. Tive alta, ganhei peso e meu estômago ficou 100% restaurado.”

Hoje, Priscilla tem uma vida saudável. “Como de tudo, não tomo remédio e só uso a água do tratamento que consagramos aos domingos na Igreja. Quando decidimos usar a Fé, nos tornamos um gigante. Toda honra, glória e louvor ao nome do Senhor Jesus Cristo e, enquanto Ele me permitir viver, será para glorificar Seu nome e mostrar com provas vivas Seu poder magnífico”, encerra.

imagem do author
Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Cedidas