A diferença que Deus pode fazer em sua vida

Veja como essas pessoas conseguiram mudar radicalmente sua trajetória

Imagem de capa - A diferença que Deus pode fazer em sua vida

O mundo mudou muito nos últimos anos e houve uma grande transformação de costumes. As formas de se vestir e de se portar se alteraram. As pesquisas científicas quanto a diversas doenças avançaram e o progresso é tanto que muito em breve os carros não terão mais motoristas e poderão até voar. Mas, mesmo diante de todas as mudanças e perspectivas do que pode ser a vida no futuro, as pessoas ainda sofrem. Muitas perdem o rumo e se envolvem com álcool, drogas, tráfico e relações passageiras, o que não passa de uma vida de ilusão.

Desestruturação familiar


A jovem Natacha Cimino Sencovici, de 24, anos (foto acima), pode ser considerada um exemplo. Ao se envolver com amizades inadequadas, acabou entrando para o mundo crime. Ela acredita que a desestruturação familiar tenha sido um dos fatores que a impulsionaram a escolher esse caminho. “Desde pequena, meus pais já não viviam juntos. Quando eu tinha 13 anos, eles resolveram se separar no papel. Perdemos a casa onde morávamos aqui em São Paulo e tivemos que mudar para Minas Gerais. Nunca me adaptei à vida lá e, por isso, decidi voltar para São Paulo para morar com uma tia.”

Na ‘biqueira’

Contudo na casa da tia de Natacha também havia muitos conflitos. “Eu discutia com ela e o companheiro dela. Eu queria ter liberdade e dinheiro. Falei isso para uma amiga e, quando o namorado dela ouviu, perguntou por que eu não entrava para o tráfico. Eu e minha amiga topamos na hora. Marcamos um dia para irmos à ‘biqueira’. Foi a minha entrada no mundo do crime. Comecei no ‘radinho’, para avisar a chegada da polícia na área, e depois ficava com a bolsa de droga para vender”, revela.
Apesar de ainda ser menor de idade, Natacha já era “expert” no crime. “Cheguei a fazer as famosas ‘saídas de banco’. Era escolhida uma agência na região de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e eu ficava de olho em alguém que fosse tirar muito dinheiro. Abordava a vítima e pegava tudo”, conta.
Natacha chegou a fazer tatuagens para tentar dar significado à vida que levava. “Eu combinei com um amigo de fazer cifrões nos dedos da mão, pois eu queria muito dinheiro na minha vida. Também fiz uma tatuagem com o nome de Jesus Cristo e outra que é uma frase de um famoso grupo de rap nacional que fala das lágrimas do palhaço. Ela mostrava o quanto eu era incompreendida pelos meus atos, pela minha dor e pelo vazio que eu sentia.”

Maioridade criminal

Aos 17 anos, ela foi obrigada a voltar para Minas Gerais. “Eu fui presa por assalto e fiquei na Fundação Casa por duas semanas. Quando fui liberada, voltei a morar com a minha mãe. Nessa época, pelo fato de estar longe das pessoas que eu conhecia no crime e em respeito à minha mãe, fiquei mais sossegada. Mas, quando fiz 18 anos, voltei para São Paulo.”

Prisão

A vida de crime, de liberdade e de festas regadas a álcool durou até os 20 anos, quando ela foi presa por tráfico de drogas. “Fui condenada a cinco anos e cinco meses. Conheci o trabalho da Universal na cadeia. Em todas as unidades que passei a Igreja sempre esteve presente. No início, eu era muito resistente. Só comecei a entender quando uma voluntária da Universal foi muito franca comigo e disse que eu tinha que ter vergonha na cara e mudar de vida. Resolvi praticar a minha fé. Se todo mundo estava tomando café, eu estava jejuando; quando todas estavam conversando, eu estava orando. No último dia 25 de outubro, ganhei minha liberdade.”

Convite

Natacha conta que quando saiu da prisão e recebeu o Espírito Santo a voluntária da Universal que está à frente da evangelização nos presídios femininos fez o convite para que ela morasse em São Paulo e lhe ofereceu emprego. “Eu me apresento regularmente para cumprir o que ainda devo à Justiça. Eu sei que fui perdoada por Deus. Ele me limpou e eu tive certeza de que não vou voltar para o mundo do crime. Estou começando a trabalhar e a lutar pela minha família. Hoje eu não tenho aquele vazio que eu sentia porque o Espírito de Deus me preencheu”, declara.

Fora da vida cristã

A jornalista Josiane dos Santos, de 31 anos, também se envolveu com drogas e poderia ter se dado muito mal caso não tivesse encontrado Deus. Apesar de ter frequentado a Universal na infância com a mãe, quando adolescente, ela se afastou totalmente da vida cristã. “Eu vivia em raves. Saía de casa na quinta-feira e só voltava na segunda-feira à noite. Usava tudo quanto é tipo de droga: bala (como é conhecido o ecstasy), cocaína e maconha. Eu fumava cigarro e bebia sem parar. Com o passar do tempo também comecei a traficar para manter meus vícios. Minha mãe não tinha nenhuma ideia do que eu fazia”, afirma.

Insensatez

Josiane relata que não conseguia agir de outra forma. “Nas festas, eu ficava com homens e mulheres. Eu saía das raves e ia direto para o trabalho, totalmente ‘virada’ e sem responsabilidade nenhuma. Me tornei promoter de festas e tinha muitos amigos. Eu procurava algo para preencher o vazio que existia dentro de mim, mas não encontrava paz. A depressão me seguia o tempo todo, mas eu me iludia buscando falsas alegrias.”
Vendo o que a filha estava passando, sua mãe começou a lutar por ela. “Eu não sabia, mas quando eu estava dormindo ela me ungia com óleo. Fiquei muitas vezes sem vontade de sair para a noite. Eu sentia que algo errado poderia acontecer e até comentava com ela que tinha perdido a vontade de ir para a balada. Ela dizia que se eu não estava me sentindo bem era melhor que eu ficasse em casa.”

Libertação

A jovem começou a acompanhar a mãe na Universal, mas continuava com a mesma vida. “Quando o pastor falava para ir lá na frente, no Altar, eu buscava a minha libertação de todo o meu coração. Se ele pedia que eu levasse um convidado eu atendia, pois conhecia muitas pessoas da balada. Elas não entendiam por que eu ia às reuniões, mas aceitavam participar. Senti que era Deus trabalhando em mim.”

Virada

Mas a virada em sua vida aconteceu em uma noite em que ela estava em frente a uma festa. “Eram umas três horas da manhã. De onde eu estava, dava para enxergar uma Universal próxima. Do nada apareceu uma vontade de ir para casa. Quando eu disse estou indo embora, meus amigos não entenderam nada. No outro dia, de manhã cedo, fui para a igreja buscar a Deus com minha mãe. Era uma sexta-feira, época de Fogueira Santa, e, quando o pastor falou para ir ao Altar se entregar totalmente, fui sem hesitar. Ali foi o meu encontro com Deus.”

Plano

Josiane diz que conseguiu a paz que estava buscando todos esses anos. “Não senti mais vontade de usar droga nenhuma ou de sair para beber. Excluí todos os amigos do Facebook e decidi mudar completamente. Há um tempo até encontrei uma dessas amigas e ela comentou como eu estava diferente. Sou abençoada na vida sentimental, familiar e financeira. Voltei a fazer cursinho, pois quero fazer medicina. O meu desejo é atender ao pessoal da igreja que é carente desse serviço”, planeja.

Descaminhos


Outra jovem que percorreu descaminhos até se encontrar é a fotógrafa Amanda Aparecida dos Santos (foto acima), de 20 anos. Moradora de São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ela tem um passado recente de envolvimento com drogas. “Eu estava com 17 anos e tudo começou depois do fim de um relacionamento que eu mantinha desde os 12 anos. Quando ele acabou, eu desabei. Ele foi preso por assalto e, para esquecer o que eu estava passando, comecei a ir a raves e festas. Cheguei a namorar outro rapaz depois disso, mas eu o traía o tempo todo, pois não conseguia esquecer o meu antigo namorado”, conta.

Voto a favor

Amanda diz que se envolveu com as drogas por influência das amizades. “Eu saía com muitos meninos e dormia fora de casa. No dia seguinte nem lembrava o que eu tinha feito. Eu ia às festas, mas só tinha vontade de chorar. Era como se existisse um buraco dentro de mim. Nessa época, eu comecei a ver vultos dentro de casa. Passei a tomar remédio para depressão, mas isso não me ajudava. O meu padrasto começou a lutar por mim na Universal. Ele fez um voto com Deus a meu favor. Perseverou e, depois de algum tempo, conseguiu me levar a uma reunião. Eu me entreguei sem reservas e depois disso me batizei.”
A fotógrafa conta que seu ex-namorado ficou dois anos e meio preso. “Quando ele saiu da prisão, eu queria muito estar com ele, mas o Cauê (Lopes Moutinho) queria me matar, pois soube de tudo que eu tinha feito enquanto ele esteve preso. Eu passei a lutar por ele na Universal. Quando eu o convidei para ir à Igreja, ele foi por minha causa. Largou o vício e o mundo do crime para se entregar a Deus. Hoje, ele está com 22 anos e nos casamos na Universal (foto acima). Só pensamos em prosperar mais ainda e continuarmos servindo a Deus.”
A fotógrafa conta que seu ex-namorado ficou dois anos e meio preso. “Quando ele saiu da prisão, eu queria muito estar com ele, mas o Cauê (Lopes Moutinho) queria me matar, pois soube de tudo que eu tinha feito enquanto ele esteve preso. Eu passei a lutar por ele na Universal. Quando eu o convidei para ir à Igreja, ele foi por minha causa. Largou o vício e o mundo do crime para se entregar a Deus. Hoje, ele está com 22 anos e nos casamos na Universal. Só pensamos em prosperar mais ainda e continuarmos servindo a Deus.”

Lugar-comum


As drogas são algo comum na vida de muitas pessoas. Para o jovem Luiz Felipe Souza Vargas, de 23 anos, não foi diferente. “Durante boa parte da vida eu vivi em um município na divisa da Bahia com o Estado do Espírito Santo. Aos 15 anos, conheci o mundo das drogas, as bebidas alcoólicas e, com o passar do tempo, fui me aprofundando no vício e no tráfico”, explica.
Com o envolvimento com as drogas surgiram os conflitos familiares. “Certa noite eu decidi que ia embora. Sumi de casa. Avisei meus pais quando já estava no meio da estrada. Rodei por outros Estados. Passei por Minas e São Paulo. Fui para o Rio de Janeiro até que voltei à Bahia. Eu queria me afastar desse mundo, mas fui me afundando ainda mais. Cheguei a morar na roça, no sítio da minha avó, para fugir da vida do tráfico, mas, enquanto eu não conheci a Deus, ficava rodando e levando uma vida sem rumo.”

“Nojo das drogas”

Luiz diz que a sua vida só mudou depois de um convite que parecia ser direcionado a ele. “Eu liguei o rádio e ouvi o pastor falar sobre a Concentração para a Cura dos Vícios. Eu fui e, depois da reunião, conversei com eles e me deram orientações. Eu fumava uns 15 ‘baseados’ (cigarro de maconha) por dia, mas, naquele dia, fumei somente dois. No dia seguinte, apenas um. No terceiro dia, já estava liberto. Fui batizado em seguida. Hoje tenho nojo das drogas.”
Luiz decidiu não pegar mais drogas para vender. “Nisso apareceu um trabalho de ajudante de pedreiro. Passei a querer um dinheiro limpo. Por não ter formação, já trabalhei como vendedor ambulante e vendi doces. Com o decorrer do tempo, juntei dinheiro e comprei uma moto para trabalhar como motoboy. Hoje, trabalho em dois empregos: em um restaurante durante o dia e em uma lanchonete à noite. Sou integrante do grupo jovem e voluntário na Igreja. Agora estou me preparando para ser pastor, pois quero minha vida totalmente no Altar depois de ser liberto”, conclui.

imagem do author
Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: Demetrio Koch; Clevison Carlos Barreto; Jéssica Thaís; Arquivo pessoal