86% dos brasileiros se automedicam

Pesquisa comprova que quase todos os brasileiros são adeptos desse hábito que pode levar à morte

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O que você faz quando tem uma dor de cabeça repentina, uma crise de espirro ou coriza, uma febre ou uma dor muscular? Vai na sua farmacinha particular e escolhe um remédio, certo? Se não faz isso, você faz parte da minoria, pois uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revelou que nove a cada dez brasileiros se automedicam.

O cardiologista Firmino Haag explica o que é esse hábito: “A automedicação é a prática de consumir medicamentos por conta própria, sem a orientação ou prescrição de um profissional de saúde qualificado. Ela pode incluir tanto o uso de medicamentos de venda livre, como analgésicos e antitérmicos, como os prescritos anteriormente que a pessoa ainda tem em casa ou até os recomendados por conhecidos ou pela mídia”.

Parece algo inofensivo e a melhor atitude a se tomar, afinal de contas, ir ao hospital, fazer uma consulta e se dirigir a uma farmácia pode tomar muito tempo na agenda corrida do dia a dia. Dessa forma, aquele comprimido a que a pessoa recorre faz a mágica de eliminar o sintoma indesejado e a vida segue. Mas esse tipo de iniciativa pode, na verdade, prejudicar a sua saúde.

Falsa segurança

A residente em medicina física e reabilitação Ana Carolina Ribeiro explica que muitas pessoas se sentem seguras para se automedicar por já terem utilizado o mesmo medicamento antes ou por saberem que não têm alergias medicamentosas, mas isso é um erro. Acreditar que sabe a dose do remédio que o médico prescreveria ou o que ingerir para acabar com os sintomas não é o bastante para tornar a automedicação segura. Ana Carolina lembra que em qualquer situação é preciso buscar orientação profissional.

Inclusive, o hábito de consultar na internet os sintomas, possíveis diagnósticos e tratamentos também é perigoso. É preciso entender que o profissional da área da saúde não avalia apenas o relato dos sintomas, mas o quadro clínico geral do paciente e monitora se houve evolução ou não. Por isso, ao apresentar um sintoma, é recomendável consultar o médico antes de iniciar qualquer tratamento, principalmente medicamentoso. Isso garantirá a você chegar ao diagnóstico correto da doença e ao tratamento adequado, eficaz e seguro e também e a tranquilidade de saber que o tratamento prescrito é o mais conveniente para o seu caso.

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Colaborador

Lais Klaiber / Arte: Edi Edson