2020: um ano para esquecer ou aprender?

Este foi o tema do último encontro para professores e profissionais da educação do ano. Confira

Imagem de capa - 2020: um ano para esquecer ou aprender?

O ano de 2020 foi marcante para toda a humanidade por conta da pandemia do novo coronavírus. Isso mudou a realidade de bilhões de pessoas, na forma de trabalhar, se relacionar e até a sala de aula teve de se reinventar.

Por isso o Grupo EducaAção, em parceria com o Namoro Blindado nas Escolas, realizou uma palestra neste sábado (05) para profissionais da educação. O objetivo foi ajudá-lo a não se perder neste momento de crise e dificuldade. O local possuía todas as medidas de higiene e distanciamento, além de contar com um delicioso café da manhã.

“Queremos fazer uma reflexão sobre 2020, mostrar para o professor que ele sobreviveu e que precisa guiar os alunos, encontrar formas de não se perder na missão da educação”, disse o Pastor Walber Barboza (foto ao lado), responsável pelo grupo.

Desafios

O primeiro palestrante foi Igor Duarte (foto abaixo), especialista em neurociência, que falou sobre os novos desafios profissionais e como eles influenciam o lado emocional.

“O professor foi obrigado a virar youtuber, bancou isso por conta própria, sem a ajuda de ninguém. Além disso, enfrentou a falta de perspectiva de futuro, vendo as instituições pensando em fechar as portas”, disse.

Mas Duarte também ensinou ferramentas para os docentes driblarem estas dificuldades. A primeira delas é ter períodos de descanso de qualidade.

“Ele precisa tirar férias, viajar, pois se ele emendar um semestre no outro, isso intensificará os problemas, ele terá uma grande tendência de adoecer psicologicamente”, alertou.

Com relação à nova realidade trazida com a pandemia, ele também pode se precaver. “O profissional deve fazer uma lista de possibilidades, cursos, se planejar para que não seja pego de surpresa. Mesmo que as instituições fechem, ele está pronto para entrar no mercado de trabalho com esta nova visão”.

O momento também contou com a presença por vídeo do jornalista Arnaldo Duran que, além da pandemia, comentou sobre outras dificuldades presentes neste ano, como casos de racismo e violência, aos quais os professores estão sempre expostos.

“É uma categoria de trabalhadores exposta ao desrespeito, violência e baixos salários. Com tantos percalços é preciso apoiá-los. Este convite foi uma chance para eu cumprir minha obrigação de jornalista. Afinal, o conhecimento só tem valor se for compartilhado”, falou.

Comentários e reações positivas

Cerca de 2.300 pessoas participaram presencialmente do evento, nas catedrais da Universal espalhadas pelo Brasil. Ele também foi transmitido pelo YouTube e Facebook, com mais de 3.700 conexões. Dessa forma, o evento rendeu muitos agradecimentos e deixou os profissionais estimulados, prontos para fazerem a diferença.

“Esta reflexão é importante, pois muitas pessoas estão vendo este ano como negativo, mas aprendemos muito. A mexer com novas tecnologias, a viver um dia de cada vez, a ter paciência e a não nos entregarmos à depressão, ao desespero”, comentou a diretora Bárbara Molina (foto acima), de 42 anos.

Além disso, viram que o projeto é uma porta aberta para quando passarem por alguma dificuldade. Ao fim, também houve sorteio de brindes e exemplares do livro Namoro Blindado.

“As palestras ajudam no autoconhecimento, inteligência emocional, encontrar forças para insistir na arte de educar. Precisamos cuidar do professor, para ele poder cuidar dos alunos”, afirmou a diretora e psicopedagoga Vilma Farias(foto ao lado), de 49 anos.

Para o ano que vem o Pastor Walber também informou que os encontros, além de valorizar o professor, contarão com programações voltadas para o retorno presencial dos alunos. “O grande desafio é tirar o pânico de voltar às aulas”, conta.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Demétrio Koch