“Há mais de dois anos terminei um namoro e não consigo me relacionar com mais ninguém”

Veja o que Renato e Cristiane Cardoso pensam sobre este assunto.

Imagem de capa - “Há mais de dois anos terminei um namoro e não consigo me relacionar com mais ninguém”

Deixar de tomar atitudes racionais e não saber lidar com os sentimentos negativos são motivos para que muitas pessoas continuem sofrendo mesmo após o término do relacionamento. Os professores Renato e Cristiane Cardoso, do A Escola do Amor Responde, ensinam como superar isso. Eles explicam ainda como habilitar o cérebro para resolver questões do coração. Confira a seguir.

Mari – Terminei um relacionamento de dois anos que foi um pouco conturbado. Depois disso, não consegui mais me relacionar com outra pessoa, porque de fato ainda gosto dele. Nesses mais de dois anos e meio, ele já ficou noivo, terminou o relacionamento e agora está morando com outra pessoa. Nós frequentamos a mesma comunidade, nos vemos, mas não nos falamos. Eu gostaria que vocês me ajudassem em relação a isso e a como agir nessa situação.

Renato – Eu queria reforçar aqui, Mari, que você está perdendo tempo: não há dois anos, mas há quatro anos. Ou seja, o tempo que passou ao lado dele e mais esses dois que está deixando de viver e se relacionar com outra pessoa porque acredita que ainda gosta dele.

Cristiane – Mari, se você diz que terminou um relacionamento conturbado, então quer dizer que já deveria ter dado um fim nessa relação há muito tempo. Mas o tempo passou e você ainda está apaixonada por ele, mesmo vendo ele noivar e ter outros relacionamentos e mesmo não estando com ele. Você está grudada a ele e refém de seus sentimentos, do seu coração. O que você deve fazer é buscar ajuda, você tem que se curar desse sentimento doentio, porque issso é uma doença amorosa. Você não consegue nem ao menos se lembrar o quanto ele fez mal para você. Nós dizemos isso aos alunos porque muitos ficam alimentando um sentimento, pois lembram apenas dos momentos bons que tiveram com a outra pessoa e esquecem que no todo o relacionamento foi ruim.

Renato – Você está sofrendo de memória seletiva: guarda as boas memórias e ignora as ruins. É como comprar um carro novo, quem já fez isso sabe como é. Quando você vai comprar um automóvel, você identifica qual é a marca, o modelo e, durante algumas semanas, você avalia o veículo, visita concessionárias e analisa os preços para saber se deve comprá-lo ou não. Nas ruas você passa a observar ainda mais aquele carro, nota quando alguém chega com ele, porque você está pensando em adquiri-lo. Dessa forma, está dizendo ao seu cérebro que você quer descobrir se o veículo é um bom investimento. Consequentemente, seu cérebro começa a procurar todas as informações referentes àquele carro. Antes, aquele veículo passava por você e você nem prestava atenção; hoje você já presta atenção em tudo: na roda, na cor, no modelo, etc. O mesmo pode acontecer na vida amorosa. Quando você dá uma ordem ao seu cérebro sobre o seu ex-companheiro, imediatamente você vai querer saber como ele está, vai olhar a rede social dele, procurar em seus arquivos as fotos que tiraram juntos, toda vez que tocar a música que a faz lembrar dele vai ficar triste e colocar novamente para tocar. Enfim, vai dar ordem ao seu cérebro para não esquecer dele. Dessa forma, é impossível tirá-lo de seus pensamentos, pois você não deixa o sentimento morrer. E desse jeito que você está vivendo passarão mais dois anos, mais dez anos e, se bobear, ele vai virar vovô e bisavô e você ainda estará esperando por ele.

Cristiane – Você pode até entrar em outro relacionamento, se casar, para tentar esquecer do passado, e mesmo assim continuar pensando nele. Então, o que você precisa agora é cuidar do seu interior. É necessário que você se questione a respeito do que fazer para mudar essa situação e não voltar a ter esse tipo de relacionamento, não voltar a errar em suas escolhas e na forma como lida com os problemas. Você já terminou o relacionamento há mais de dois anos e precisa olhar para a frente e se tratar. É isso que fazemos por meio das palestras da “Terapia do Amor”: ajudamos as pessoas que desejam se tratar, que saíram de um relacionamento conturbado e ainda estão reféns dele. E você, Mari, precisa urgentemente se curar desse sentimento doentio, que muitas vezes tem a ver com o fato de você pensar que ninguém mais poderá amá-la como ele a amou, e aprender a se amar.

Renato – O nosso conselho para você é que participe das palestras e faça uma boa limpeza interna. Depois, você verá os resultados. Se não puder assistir à palestra no Templo de Salomão, procure uma Universal mais próxima de você onde tenha esse trabalho especial pela vida amorosa. Você pode conferir os endereços no site universal.org/enderecos.

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Colaborador

Por Lorrainne Silva / Foto: Fotolia