Cuidado: o que você não deve falar para os seus filhos

Veja algumas frases que podem ferir a autoestima deles e prejudicar o seu futuro

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Muitos não sabem que a palavra tem poder e que temos de tomar muito cuidado com o que sai da nossa boca. Mas quando o assunto é o que dizemos aos nossos filhos, essa cautela deve ser ainda maior, já que podemos plantar coisas boas ou ruins que terão efeito no presente e futuro deles. “As palavras que pronunciamos têm o poder de definir o nosso caminho neste mundo. Não são poucos os que ignoram isso e se prejudicam deixando sua língua solta para proferir maldições sobre si mesmos e sobre pessoas à sua volta”, diz Núbia Siqueira.

Crianças costumam ser atrapalhadas e é natural que façam besteira. Até quando são mais crescidinhas, fazem o que não deveriam. Mas na hora da raiva, resista à tentação de gritar frases ofensivas e depreciativas, chamando-as de burra ou dizendo que elas fazem tudo errado, por exemplo. Sua opinião a respeito dos filhos tem muita influência na forma com que se enxergarão. Se ouvirem com frequência dos pais que não têm capacidade de fazer algo, como poderão acreditar em seu próprio potencial? Xingamentos não podem ser algo comum em seu lar, pois a atitude só abre espaço para violência, destrói o respeito que deve haver entre pais e filhos e a autoconfiança. Por pior que tenha sido o erro, não retribua com uma ofensa, ainda mais sobre uma característica física ou defeito do seu filho.

Em vez de criticar com dureza, fale de maneira calma e, no momento certo, explique onde ele errou e a forma correta de agir. Se ele errou tentando realizar algo, elogie seu esforço e sua boa intenção. Também dê o exemplo, não permitindo que haja esse tipo de atitude entre você e seu cônjuge.

Outro veneno que o afasta do caminho certo é compará-lo a outras crianças. Ao fazer isso, você só ajuda a criar intrigas, já que o filho pode se sentir inferior ou ter ciúmes. “Apontamos os erros deles mostrando os acertos dos outros, como se essa atitude fosse ajudá-los. Quanto mais você os compara consigo mesma quando criança ou com os primos exemplares dele, pior ele fica, sabia? É como se você estivesse mostrando a ele o que não ser, por incrível que pareça. Aprecie o seu filho do jeito que é e ensine-o a ser melhor, sem comparações”, explica a escritora Cristiane Cardoso.

Muitos pais também apelam para frases mentirosas e carregadas de sentimento numa tentativa de castigar o filho, fazê-lo se sentir mal pela malcriação ou perceber que te deixou chateado (a). Alguns dizem “eu não te amo mais” ou “eu não queria que você tivesse nascido”. Mas você consegue pensar numa forma pior de tentar corrigir a criança?

Nunca diga esse tipo de coisa, nem de brincadeira. Seu filho o vê como exemplo e acredita em tudo o que você diz: o que ele pensaria ao ouvir do próprio pai ou mãe que não é amado? Em vez de apelar para esse golpe baixo, diga a atitude que ele teve que o deixou triste e corrija-o com equilíbrio.

Desprezar os problemas dos filhos é outro erro cometido pela maioria dos adultos. “Que tipo de problema uma criança pode ter? Elas não têm preocupações!”. Mas se esquecem de que eles têm uma visão diferente das coisas. Um brinquedo quebrado para um adulto é algo fácil de lidar. Mas para uma criança, pode ser o fim do mundo! Não menospreze o medo, o machucado, uma dúvida ou um conflito pelo qual seu pequeno está passando. Ouça-o com atenção, ajude-o a superar o problema e a reagir de forma saudável.

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Colaborador

Por Rafaella Rizzo / Fotos: Thinkstock