A febre amarela já atingiu pessoas em São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro e, com medo, muitas pessoas estão tentando se vacinar com urgência. Entretanto, nem todos precisam do remédio imediatamente. A seguir, 6 informações importantes que você precisa saber antes de se dirigir a um posto de saúde.

1- Quem deve tomar a vacina agora

Devem ser vacinadas as pessoas que moram ou viajarão para regiões silvestres, rurais ou de mata que fazem parte da área de risco de proliferação da doença. No caso de viajantes, a vacina deve ser tomada com, pelo menos, dez dias de antecedência.

A lista de áreas de risco pode ser consultada no site do Ministério da Saúde: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-am… .

O Governo realizará uma campanha de vacinação para as outras regiões (que não são emergenciais) a partir de fevereiro.

2- Viajantes internacionais

Pessoas que viajarão para países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) e ainda não receberam a vacina também precisam ser vacinadas, nesse caso com a dose integral. É necessário levar o comprovante da viagem ao local de vacinação.

Para saber quais países exigem esse certificado acesse o link http://portal.anvisa.gov.br/certificado-internacio… .

Quem não pode tomar vacina, mas viajará para um desses países precisa apresentar um atestado médico de isenção de vacinação, escrito em inglês ou em francês.

Quem já tomou a dose integral, mas tem uma data de validade vencida em sua carteira de vacinação precisa fazer a substituição desse certificado. A pessoa não tomará nova vacina, apenas obterá um comprovante de vacinação válida. Isso porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda apenas uma dose dessa vacina, recomendação essa que o Brasil adotou em abril de 2017.

3- Quem não pode tomar a vacina

Crianças de até seis meses de idade, mulheres que amamentam crianças de até seis meses de idade, alérgicos à proteína do ovo e pessoas com imunodepressão não podem tomar essa vacina.

No caso da imunodepressão tanto faz se ela é causada por uma doença (alguns estágios da manifestação do vírus HIV, por exemplo) ou pelo tratamento de enfermidades (como doses altas de quimioterapia). Na dúvida, consulte seu médico.

4- Outras pessoas que precisam procurar o médico

Além dos portadores de HIV e de pessoas em tratamento quimioterápico, também devem consultar o médico antes da vacinação: gestantes, idosos, hemofílicos, transplantados, pessoas que terminaram tratamento quimioterápico e pessoas que apresentem doenças falciformes ou de sangue.

5- A vacina pode possuir efeitos colaterais

Os sintomas da febre amarela são, inicialmente: febre, dor de cabeça, náusea, vômito, dor muscular e dor nas articulações.

No quarto dia de manifestação da doenças esses sintomas diminuem.

A partir do quinto dia, porém, os sintomas se agravam e somam-se a eles: pele amarelada, inflamação em órgãos como rins e fígado, vômitos com sangue, urina escura, olhos avermelhados e sangramento de pele.

Como todas as vacinas, a que protege contra a febre amarela também pode causar efeitos colaterais parecidos com os sintomas da doença, porém em menor intensidade. No caso da febre amarela, os efeitos colaterais, quando surgem, se parecem com a primeira fase da enfermidade. Mesmo sendo uma reação comum ao remédio, o médico deve ser procurado se existirem esses sintomas após a vacinação.

6- O que é dose fracionada

A OMS recomenda a vacina com uma dose padrão de 0,5 ml para a vida toda. Desde o ano passado o Brasil acata essa recomendação. Entretanto, em momentos de emergência, como o que estamos vivendo atualmente, é distribuída uma dose fracionada do antídoto. Ele possui 0,1 ml e é válido por, pelo menos, oito anos.

Pessoas que vivem em áreas de risco estão recebendo a dose padrão, enquanto quem vive em outras regiões recebe a dose fracionada. Isso deve ser informado pelo profissional da saúde.