Os riscos de uma meningite meningocócica

Saiba como Patrícia Militino alcançou a cura e surpreendeu a equipe médica com um segundo diagnóstico inesperado

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Em junho de 2016, a professora Patrícia C. Militino, (foto abaixo) de 36 anos, buscou ajuda médica ao sentir fortes dores na cabeça e na garganta, além de febre e náuseas. Foi diagnosticada equivocadamente com gripe, medicada e liberada. Porém, dois dias após a ida ao hospital, Patrícia passou mal dentro do ônibus enquanto voltava do trabalho. Ela foi socorrida e chegou ao hospital desmaiada. Duas horas depois os médicos identificaram estado de coma, total inconsciência, quando a pessoa não consegue abrir os olhos, não desperta nem responde a estímulos. Ela permaneceu assim por três dias.

“Eu só conseguia escutar as vozes das pessoas ao redor bem ao longe, mas não conseguia esboçar nenhum tipo de reação. Foi horrível”, disse a professora.

No hospital foi realizado o exame de punção lombar, retirada de pequena quantidade de líquido do canal vertebral que revela se há inflamação e qual o agente causador. O diagnóstico: meningite meningocócica.

Patrícia foi levada para a área de isolamento do hospital, por causa do risco de contágio. Ela só recebia visitas do médico e da enfermeira-chefe.

A fé de uma filha move a mão Deus
Familiares tentaram sem sucesso permissão médica para visitar Patrícia. A filha, a auxiliar de saúde bucal Sara C. Renovato, de 18 anos, foi autorizada a entrar na área de isolamento depois de muita insistência. Antes, foi vacinada contra a meningite e usou máscara de proteção.

Na época, Sara tinha 16 anos e levava na mão uma garrafa com água consagrada, que ela havia apresentado para Deus em oração na Universal que frequenta.

“Foi um susto quando fiquei sabendo do quadro da minha mãe, mas precisava entrar lá. Ungi os lábios da minha mãe, ainda em coma, e orei por ela. Depois disso tive a certeza de que Deus estava no controle”, disse Sara.

Patrícia se recorda de ter ouvido a oração da filha. Mesmo sem conseguir esboçar reação, ela diz que por dentro cria e concordava com cada palavra. “Ela falou no meu ouvido que estava passando a água do tratamento em mim, que era para eu crer, usar a minha fé e que eu não ia morrer com aquela doença. Minha fé se fortaleceu naquele momento”, recordou Patrícia.

No dia seguinte à visita, e três dias depois do início do coma, Patrícia acordou desorientada e não conseguia se movimentar. Os médicos explicaram a gravidade da doença, que era do tipo bacteriana. Dentre os riscos, ela poderia não voltar a andar, nem falar e ouvir ou ter a visão comprometida.

Ela ficou internada 17 dias no total. Desperta do coma, ela fez o tratamento hospitalar, que incluía fisioterapia, fez também o tratamento espiritual e surpreendeu a equipe médica com sua rápida evolução. Ela conta que todos os dias fazia uso da água consagrada e orava pedindo a Deus sua cura completa.

Ao receber alta médica, Patrícia foi orientada a fazer acompanhamento médico e ficar 15 dias de repouso em casa, período em que continuou usando a fé. Uma semana depois, já conseguia ir à Igreja.

Os novos exames estavam todos normais e logo a professora voltou para a sala de aula.

O pequeno milagre
Três meses depois, Patrícia sentiu um mal-estar e retornou ao hospital. O resultado do exame surpreendeu: ela estava grávida. Os médicos alertaram para os riscos de a criança ter má-formação cerebral, pois quando ela estava com meningite já estava no início da gravidez e não sabia. Mais uma vez a família apelou para a fé em Deus.

“Para mim a notícia foi uma grande surpresa, pedi para que Deus fizesse o milagre por completo. Eu e minha família nos unimos em oração pelo bebê e todos os dias eu bebia a água do tratamento com fé”, disse Patrícia.

Durante a gestação, os exames mostravam um bebê saudável, mas os médicos sempre alertavam para os riscos. Até que o pequeno Davi C. Militino nasceu perfeito e passou a ser chamado pelos médicos, que sabiam do histórico da mãe, de bebê milagre. Hoje, com dois anos, Davi é saudável e se desenvolve bem.

A família segue feliz e fazendo o tratamento da água consagrada para a manutenção da saúde de todos.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: EVG Digital - RJ