“O que ele fez não tem preço”, mas há quem não concorde

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Você deve ter acompanhado ou ouvido falar a respeito do vazamento de diálogos do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, com procuradores da Operação Lava Jato. Na época, Moro era juiz e, segundo o site “The Intercept Brasil”, que vazou as conversas, teria ‘dado pitaco’ no rumo de casos que estavam em andamento.

Primeiro, é importante lembrar que, apesar da origem desses áudios ainda não ter sido confirmada, os alvos denunciaram recentemente que tiveram seus celulares hackeados e isso, para quem não sabe, é crime. Coincidentemente, há pouco mais de um mês, a Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar a ação de criminosos cibernéticos contra o próprio ministro Moro e outras autoridades brasileiras. É curioso porque o site enfatiza que as informações foram obtidas de uma fonte anônima. E, apesar de negar ter recebido os arquivos desses criminosos, rejeitou (até o fechamento desse editorial) apresentar informações sobre a fonte das mensagens.

Em entrevista recente, Moro foi claro ao afirmar que o país está diante de um “crime em andamento”. Ele também deixou claro que há um lado partidário e ideológico nessas acusações e garantiu que não se afastará do cargo. “Sempre pautei o meu trabalho pela legalidade. Os meus diálogos e as minhas conversas com os procuradores, com advogados, com policiais sempre caminharam no âmbito da licitude. Não tem nada ali, fora sensacionalismo barato”, afirmou o atual ministro da Justiça e Segurança Pública.

Ao fim de um evento no Palácio do Planalto, o presidente Bolsonaro manifestou seu apoio a Moro e destacou sua trajetória como juiz federal. Vale registrar que ele renunciou a 20 anos de magistratura. “O que ele fez não tem preço. Ele realmente botou pra fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção. A Petrobras quase quebrou, fundos de pensão, muitos quebraram, o próprio BNDES. (…) Ele faz parte da história do Brasil.”

É claro que esse caso está gerando muita repercussão. Ainda mais no cenário em que temos um ex-presidente preso por meio da operação que estabeleceu um novo marco no País na questão da impunidade, sobretudo aos poderosos de colarinho branco. O saldo da Lava Jato pode ser conferido no portal www.mpf.mp.br. Só em recursos, já foram devolvidos aos cofres públicos mais de R$ 13 bilhões. No entanto, os verdadeiros assaltantes do país tentam emplacar uma narrativa de que os criminosos na verdade são Sergio Moro e os procuradores.

Em que lado dessa história você deve se colocar?

Só um cidadão muito ingênuo não consegue perceber o que está acontecendo. Vamos lá. Desde que iniciou sua versão brasileira, em 2016, o site “The Intercept Brasil” tem adotado uma linha editorial que foge totalmente a qualquer isenção esperada de um veículo de imprensa.

O veículo, claramente de esquerda, foi criado pelo jornalista Glenn Greenwald, que ficou conhecido em todo o mundo por práticas de espionagem indevidas lá nos Estados Unidos de onde é dissidente. Radicado no Rio de Janeiro, Greenwald tem um relacionamento homoafetivo com o brasileiro e deputado federal pelo Partido Socialismo e Liberdade, PSOL, David Miranda.

Vale lembrar que o parceiro do criador do site que acusa Moro de influenciar a Lava Jato assumiu a vaga no Congresso como suplente após o deputado federal Jean Wyllys, do mesmo partido, deixar o Brasil alegando sofrer ameaças.

Depois dessas reportagens divulgadas, o dono do site publicou em seu Twitter que as denúncias estão apenas no início.

A clara identificação pessoal de Greenwald e Miranda com certas alas políticas põe em xeque toda credibilidade do site. Porque, se Moro, como acusam, “influenciou a Lava Jato” para prender bandidos, que dilapidou o país, o jornalismo do “The Intercept Brasil” está fazendo o quê?

Será que o problema está, de fato, na troca de conversas entre Moro e os procuradores ou na real intenção de quem vazou esses áudios? Não seria essa mais uma tentativa da esquerda para desestabilizar o governo que ora inicia e atrapalhar as investigações da Lava Jato, a maior investigação de lavagem de dinheiro e corrupção que o nosso país já teve? Ficam as perguntas…

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Colaborador

Redação/ Foto: Marcelo Camargo