UNP: por que o trabalho nos presídios?

Neste domingo (17), voluntários foram consagrados em todo o Brasil. Saiba a importância desse grupo

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No Brasil, há mais de 600 mil pessoas privadas de liberdade. O dado é de um relatório feito em 2018 pelo Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O estudo apontou também que 27,58% foram presos por roubo, 24,74%, por tráfico de drogas e 11,27% por crimes de homicídio.

Os presídios estão superlotados. Atender a demanda não é uma tarefa fácil para os governantes. Corriqueiramente, rebeliões acontecem pelo Brasil. As mais recentes e significativas aconteceram em 2017 em Manaus (Amazonas), na Paraíba, em Roraima, Alagoas, São Paulo, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Paraná. Somando os casos, foram 133 mortes em 15 dias. Número que ultrapassou os 111 mortos no massacre do Carandiru (presídio localizado na zona norte de São Paulo, desativado em 2002).

Após essa onda de mortes, em 2017 a Universal intensificou o trabalho de evangelização em presídios. Assim, mais de 27 mil voluntários se dedicam a levar a Palavra de Deus a quem se encontra privado de sua liberdade.

Consagração

No último domingo, 17 de março, os voluntários do grupo Universal nos Presídios (UNP) foram consagrados. Para que sejam ainda mais abençoados por Deus na realização da Sua Obra. No Templo de Salomão, em São Paulo, a reunião foi realizada pelo Bispo Renato Cardoso.

De acordo com ele, a Universal tem acreditado em pessoas que, muitas vezes, nem o mundo acredita. “As pessoas acham que os presos têm que morrer ou ficar na cadeia para sempre, mas a Palavra de Deus tem sido eficaz na vida de milhares de pessoas ao redor do Brasil e, assim, todos os que creem estão vendo a mudança”, destacou o Bispo, durante a reunião.

“Migrei para o tráfico de drogas, o que me levou à cadeia”

Essa transformação é real na vida de Jonatas Bruno Sintra, (foto ao lado) de 30 anos. “Eu levei uma facada no peito, achei que fosse morrer, mas mesmo assim não adiantou. Continuei assaltando”, disse, em entrevista ao portal Universal.org, alguns instantes antes de a cerimônia de consagração, em São Paulo.

Jonatas se envolveu com o crime na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, quando tinha apenas 11 anos. “Não foi por necessidade, mas por prazer nas coisas erradas. Comecei fazendo assaltos. Migrei para o tráfico de drogas, o que me levou à cadeia”, pontuou Jonatas que, entre idas e vindas, ficou 7 anos preso.

Enquanto dedicava sua vida ao tráfico, sua esposa, Juliana dos Santos Lucas Sintra, estava na Universal orando por ele.

“Eu ia à igreja com ela apenas para não a chatear. Mas, mesmo, assim continuei traficando. Fui preso e fiquei quatro anos. Lá dentro, os pastores, obreiros e voluntários ajudaram a me aproximar de Deus. Além disso, a literatura que recebia dos voluntários, também. Tanto o jornal da igreja, os livros como as Bíblias doadas também me ajudaram a ver o quanto eu precisava me entregar a Deus”, lembrou.

Após essa decisão, Jonatas viu sua vida se transformar. Ele cumpriu quatro anos de uma pena de sete. Hoje, livre, comemora uma nova vida. “Agora eu tenho uma vida tranquila. Inclusive, sou empresário, muito bem casado e com uma família linda na presença de Deus”, celebra ele.

Universal nos Presídios em números 

Entre 2017 e 2018, 13 milhões de Bíblias, kits de higiene e livros foram entregues. Todo o trabalho feito pela Universal tem resultado em vidas transformadas. No ano passado, foram 63.163 batizados nas águas e 2673 ex-detentos hoje fazem parte do projeto como voluntários.

Se você deseja ser um voluntário ou financiar essa Obra, procure uma Universal mais próxima de você. Os endereços você encontra clicando aqui.

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Colaborador

Rafaela Dias / Fotos Demetrio Koch