“Me sentia abandonado por Deus”

O sofrimento de Alfredo o levou a conhecer a verdadeira vida

Imagem de capa - “Me sentia abandonado por Deus”

Na noite desta última quinta-feira (21), a Venezuela fechou a fronteira com o Brasil, por tempo indeterminado. A ordem partiu de Nicolás Maduro para tentar barrar a ajuda humanitária oferecida pelos Estados Unidos e países vizinhos.

Desde o início da crise política e econômica que assola o país, milhares de venezuelanos já vieram para o Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2015 e 1º de julho de 2018, cerca de 30,2 mil imigrantes entraram e vivem em terras tupiniquins.

Alfredo José Moreno (foto acima), de 24 anos, é um deles. Ele trabalhava como professor de história e geografia em escolas públicas no país vizinho. Mas por conta da crise foi embora para tentar uma nova vida.

“O que mais me afetava na Venezuela era a baixa renda. Para se ter uma ideia, o salário equivalia a 15 reais mensais. Não passei fome, mas mesmo assim era difícil conseguir pagar todas as contas. Também trabalhei com o governo e por não apoiar mais Nicolás Maduro – que promove uma forte perseguição política – decidi sair”, conta.

Novo país, velhas dificuldades

Em dezembro de 2017, Alfredo chegou ao estado de Roraima e, pouco tempo depois, em São Paulo. Estava em um novo lugar, mas a crise parecia acompanhá-lo.

“Não conseguia emprego, me sentia incapaz de vencer, tinha complexo de inferioridade pela minha deficiência física. Para piorar, passei a beber e a fumar. Me sentia abandonado por Deus. Acabei com depressão e já pensava em como tirar a minha vida”, lembra.

Mas toda essa situação trouxe uma luz no fim do túnel. Em uma tarde, ele foi evangelizado por integrantes da Força Jovem Universal (FJU) e decidiu participar de um encontro na Igreja.

“Comecei a acompanhá-lo, ele era muito triste, mas nós o acolhemos. Ele abriu o coração e achou aqui amigos verdadeiros, que o motivavam”, fala Everaldo Santana, obreiro que o recebeu na FJU do Brás, em São Paulo.

Cura interior

A primeira transformação alcançada foi a libertação dos traumas e complexos. O jovem que não se aceitava, se achava inferior e até questionava o Criador por conta da sua aparência, deu lugar a um novo homem.

“Já tinha conhecido várias religiões e grupos, mas a FJU era diferente de tudo que eu vi. Aos poucos, fui participando das reuniões e na segunda semana me batizei nas águas. Entendi que posso fazer tudo, minhas limitações não me definem. Passei a entender a importância do Espírito Santo e O busquei com todas as minhas forças”, diz Alfredo.

Em pouco tempo, ele recebeu o Espírito Santo e se tornou dependente só de Deus. Atualmente, ele participa dos projetos Uniforça e pratica Jiu-jitsu no grupo Esportes.

Everaldo (foto ao lado), mais conhecido como obreiro Santana, fica feliz ao ver a transformação completa na vida de Alfredo. “Ele nos motiva também, pois apesar de ser cadeirante, não tem medo ou vergonha, se preocupa com as pessoas, evangeliza, é ativo. Vale por 10 jovens”, afirma.

Conheça mais sobre o trabalho da Força Jovem Universal na página oficial do grupo no Facebook.

imagem do author
Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Demétrio Koch - Cedidas