O peso das diferenças

O que fazer para não cair na armadilha da relação imcompatível

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Provavelmente você já ouviu o ditado “os opostos se atraem”. No entanto, quando existem muitas incompatibilidades, o relacionamento pode sobreviver de forma sadia?

Para a psicoterapeuta Ana Ávalos, entre o casal deve existir entendimento, mesmo que homem e mulher tenham sonhos particulares. “A falta de compatibilidade pode frustrar uma relação. As incompatibilidades extremas não permitem que se viva um relacionamento saudável”, explica.

Para a especialista, dependendo do grau dessas diferenças, algumas pessoas acabam se prejudicando, abrindo mão de projetos importantes, de crenças e até do próprio desenvolvimento pessoal. “Isso pode trazer raiva, mágoas (por ter que abandonar os próprios sonhos) e muito peso. Tudo isso atrapalha a relação a dois”, acrescenta.

Nas situações em que o casal é como água e óleo as consequências podem se traduzir em depressão, frustração e ansiedade pela tentativa de idealizar alguém que não temos ao nosso lado.

No livro 40 Segredos que Toda Solteira Deveria Saber, a escritora Nanda Bezerra destaca algumas diferenças difíceis de superar em um relacionamento cristão: idade, nível intelectual e objetivos de vida. “Se seu namorado é muito mais novo do que você, isso é um assunto polêmico. Ou se a esposa tem mais estudo do que o marido isso pode ser muito complexo para o parceiro”, afirma Nanda. Ela destaca que objetivos diferentes são sinais de que o namoro definitivamente não vai dar certo. Um querer filhos e o outro não; um querer servir no Altar e o outro não mostram que a relação não vai funcionar.

Amor e paixão

Talvez você lembre do desenho animado em que o gambá Pepe é apaixonado por uma gatinha preta com listrinhas. Ele não entende que é um amor impossível, já que parecem iguais, mas não são. Não vai dar certo!

Muitas vezes agimos como o gambá: sem conhecer suficientemente uma pessoa, acreditamos que estamos apaixonadas ou, pior ainda, pensamos que o casamento pode resolver tudo. Porém um amor baseado em emoções só vai nos decepcionar. Ana explica que é importante admitir as incompatibilidades e não apenas identificá-las. “É relevante conversar e perguntar se algumas diferenças podem ser superadas e, caso não possam, escolher a melhor saída para ambos. As pessoas deixaram a prática do diálogo de lado”, diz.

Para a especialista nada deve ser 100% racional nem 100% emocional, mas existir um equilíbrio. Contudo para isso é necessário, antes de assumir uma relação afetiva, conhecer os planos do outro. “Todo relacionamento evolui de uma amizade. O amor não deve acontecer como um ato irracional como vemos nos filmes. Não tem que ser extremo nem radical. Um ato de amor pode ser apenas entender uma pessoa”, comenta.

Ela conclui que, para que a mulher viva uma relação saudável e ideal, ela precisa estar bem consigo mesma e não procurar alguém que complete seus vazios. “O que não pode é um projetar suas faltas no outro.”

Com o uso da fé inteligente é possível que você que tem sido como o gambá não se deixe levar pelas listras brancas do gatinho que faz seu coração bater mais forte. Uma mulher completa, que sabe o que quer e que conhece os planos de Deus para ela, escolherá um parceiro que tenha os mesmos objetivos que ela para não sofrer no futuro as más consequências de suas escolhas.

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Colaborador

Redação/ Foto: Reprodução