O que o profeta Elias fez para o fogo descer?

Assim como Deus se manifestou no passado, Ele age hoje na vida daqueles que têm coragem para obedecer à Sua Palavra

Imagem de capa - O que o profeta Elias fez para o fogo descer?

Como alguém pode chamar a atenção de Deus para transformar a sua vida? É possível despertar o foco do Altíssimo, mas reconhecendo-O como o centro de sua existência, clamando diretamente a Ele pela realização de sonhos, metas e até mesmo para a resolução urgente de um problema.
Mas para isso é preciso desafiar a própria fé para chamar a atenção dEle, assim como fez o profeta Elias. A Bíblia relata no livro 1 Reis, capítulo 18, que, diante da incredulidade do povo, o profeta fez um desafio para mostrar a ele quem era o verdadeiro Deus de Israel: o Altíssimo ou Baal.
O profeta chamou os 450 profetas de Baal e propôs que eles fizessem um sacrifício para que o real Deus respondesse com fogo e consumisse a oferta. Mas, antes de oferecer o sacrifício, o Altar do Senhor teve de ser restaurado, pois havia sido abandonado há muito tempo. Em seguida, Elias cavou uma vala ao redor, colocou o seu novilho em cima e molhou tudo com quatro jarras de água. Só no final Elias orou dizendo: “Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração”. (I Reis 18.37).
O fogo desce do céu, queima completamente o novilho e seca a água da valeta. Uma vez que Elias se colocou à disposição de Deus, o Altíssimo pôde Se manifestar por meio dele. O mesmo pode acontecer com a sua vida, se você crer.
Uma escolha
Assim como naquela época, o Senhor permite que o homem faça uma escolha. Por isso a Fogueira Santa é a oportunidade para você decidir. É tudo ou nada. Esse sacrifício significa a entrega da vida, a renúncia às coisas do mundo para ter uma nova vida ao lado de Deus.

A história do sul-africano
Chippa Mpengesi, de 41 anos (foto acima), é um exemplo de que dá para reverter até situações que parecem impossíveis por meio da fé. Entretanto não basta só orar ou ir à igreja todos os domingos. É preciso ter atitude.
Chippa nasceu na favela Phillippi, na Cidade do Cabo, capital legislativa da África do Sul. Naquela época, o país vivia sob o apartheid, um regime de segregação racial que privilegiava a elite branca, enquanto a população negra, ao contrário, quase não tinha direitos. Isso significa que Chippa estava condenado a uma vida de miséria. Lá, os pobres eram criados apenas para servir aos ricos brancos. Não havia outra perspectiva.
Mãos amaldiçoadas
Como era de se esperar, a infância e adolescência de Chippa foram marcadas por dificuldades. “Estudei até os 18 anos, mas o ensino era precário. Eu não sabia falar inglês direito. Cheguei na Universal aos 22 anos e morava em um pequeno barraco de zinco quente e abafado. Eu lia a Bíblia, ia para a igreja, orava todos os dias, mas não via mudança em minha vida”, lembra. Chippa conta que, mesmo como obreiro, era considerado fracassado. “As pessoas evitavam que eu colocasse as mãos em suas cabeças para orar. Quando elas abriam os olhos e viam que eu estava orando, recusavam, porque diziam que minhas mãos eram amaldiçoadas”, recorda.

Tudo ou nada
Ele trabalhava como segurança e flanelinha. Lutava diariamente para garantir o seu sustento, da esposa e do filho. Depois de quatro anos frequentando a Universal sem ter nenhum resultado, tomou uma atitude: “um dia eu me revoltei. Pensei: ‘se Deus é Deus, ele tem que ser visto na minha vida’. Decidi fazer a Fogueira Santa”. Ele conta que já havia participado de outros propósitos, mas daquela vez decidiu se entregar verdadeiramente a Deus. “Parti para o tudo ou nada. Orei menos e agi mais. Entreguei tudo que tinha como sacrifício”, relembra.
Fogo de Deus
Quando cumpriu seu voto no Altar, ele lembra que algo diferente aconteceu. “O fogo de Deus entrou em minha cabeça e mudou meu entendimento. Passei a ter uma nova visão da vida e percebi o quanto Deus era grande. A falta de estudos e de bens deixou de ser um obstáculo para mim. Eu sabia que seria um grande homem de negócios”, afirma. 
Em seguida, ele abriu uma empresa de segurança privada. Na época, ele tinha 25 anos. Em pouco tempo, Chippa e a esposa conseguiram sair da favela e alugar uma casa. Eles também compraram um carro. A empresa de segurança chegou a ter 200 funcionários, mas ele percebeu que poderia conseguir muito mais. “A companhia não estava do jeito que eu imaginava. Em outra campanha da Fogueira Santa, decidi sacrificar de novo”, relata.

Guinada de 180 graus
Depois disso a vida de Chippa deu uma guinada de 180 graus. Ele voltou a investir em segurança privada, área na qual já tinha experiência. A seguir abriu uma empresa de remoção e gerenciamento de resíduos e passou a adquirir propriedades na África do Sul.
Em 2010, sua empresa de segurança atuou na Copa do Mundo de Futebol na África do Sul. Foi aí que surgiu uma nova ideia: ter um time de futebol. “Comprei uma equipe da terceira divisão e investi nela até que se tornasse um time de elite. Houve um ano em que a equipe estava prestes a ser rebaixada. Fiz uma campanha e ela conseguiu se recuperar. Está na primeira divisão há cinco anos”, comemora.

Atualmente, Chippa e a esposa têm três filhos: um jovem de 20 anos e duas crianças, uma de 11 e outra de 7 anos. A fortuna da família está avaliada em mais de 1 bilhão de rands (a moeda sul-africana), o que equivale a quase R$ 280 milhões. “Fomos abençoados com 14 mansões, seis carros privados, três hotéis, 50 caminhões e mais 50 carros comerciais, três shoppings e várias empresas nas áreas de segurança, treinamento, gerenciamento de resíduos, construção civil, vestuário, agricultura, fábrica de concreto, entre outras”, enumera. Apesar de todos os bens materiais, Chippa não tem dúvida sobre o que mais importa em sua vida: “a minha maior riqueza são o Espírito Santo, a Salvação e a minha família hoje unida”, destaca.
 

Da ruína à vitória
O casal Marcos, de 37 anos, e Karina Gonçalves, de 38 anos (foto abaixo), de Goiânia, também aprendeu que o maior sacrifício não é feito só de valores financeiros. “Somos do Rio Grande do Sul, onde tínhamos uma transportadora de alcance internacional que quebrou”, conta Marcos. “Movimentávamos muita carga e tínhamos altos valores em nossas mãos, mas eles não rendiam, não conseguíamos investir, lucrar, ter bens, tudo estava muito amarrado. Veio a crise econômica internacional de 2008 e piorou tudo. ”

Marcos fala do passado com a visão da fé atual: “tínhamos um único cliente, mas ele contratou outra transportadora e nos deixou ‘na mão’. Mas não o culpamos, pois agora sabemos que já era Deus deixando acontecer para que viéssemos para Ele”.
De empresário, Marcos virou funcionário. Caiu em depressão. “Uma oferta de trabalho nos levou para Santos, cidade do litoral paulista, em 2013, mas lá eu recebia pouco pelo que fazia. Karina começou a acompanhar a programação da Universal pela TV e veio a vontade de irmos pessoalmente.”
O ex-empresário fraquejou: “fazia três anos que frequentávamos a Universal, mas não tínhamos nos lançado à fé. Cheguei a sair da Igreja, embora Karina continuasse. A empresa me transferiu para Goiânia em 2015 e chegamos lá completamente destruídos, com dívidas, morando num apartamento alugado com três filhos pequenos, sem nada, apenas com um colchão para todos dormirmos juntos”.
Obediência
A vida financeira do casal ainda era péssima e isso afetava todo o resto, como o casamento, que estava bem mal. A depressão de Marcos piorava tudo. “Eu não queria mais saber de ter empresa. Não queria nem falar no assunto.” Mas ele cita a mudança de comportamento e de visão: “voltei à Universal em Goiânia e começamos a usar a nossa fé”.
A partir da primeira Fogueira Santa do casal, tudo mudou na prática: “em 2015 decidimos entregar nossa vida no Altar. Deus, então, começou a me dar ideias sobre trabalho e me devolveu a vontade de ter um negócio próprio”.
O empresário explica: “se pusermos Deus em primeiro lugar, é só agir de acordo com Ele e ver até onde Ele quer nos levar. Nossa vida, em apenas dois anos, deu uma guinada completamente sobrenatural. Não há como não ver que é a mão dEle agindo. Enfrentamos, claro, muitas lutas e tivemos muita perseverança, mas sempre obedecendo, pois só assim conseguimos ver os resultados”.

E como ele está hoje? “Nossa empresa de logística internacional, que faz agenciamento de transporte marítimo, terrestre e aéreo, tem um lucro médio de R$ 1,5 milhão por mês. Estamos em processo para a abertura de quatro filiais em outros Estados. Temos casa própria quitada, ótimos carros, que troco sempre que quero, e ainda dei alguns para parentes próximos”, revela.
Ele destaca mais conquistas: “viajamos sempre, realizamos o sonho de conhecer a Europa. Temos um casamento e filhos abençoados. Hoje sabemos que prosperidade nem de longe é só dinheiro ou bens, que são apenas parte de um conjunto. Desfrutamos daquilo que de melhor há, que Deus nos dá. Mas por que há muita gente rica, até famosa, que não é feliz? Porque não tem a maior riqueza, que é o Espírito Santo. Também não tínhamos e isso nos ‘travava’ a vida”.

Karina completa o raciocínio do marido: “hoje sabemos que Deus permite que algumas coisas aconteçam em nossa vida”.
O Bispo Macedo também tem um exemplo para o que ela diz: “Moisés teve de fugir do Egito e abrigou-se em Midiã. Ao chegar à casa de Jetro, seu sogro, nada tinha a oferecer senão a si mesmo. Mas foi justamente daquele homem que não tinha nada, fugitivo, solitário, sem eira nem beira, que Deus fez um líder, um legislador, um estadista, um profeta, um libertador para a nação de Israel. Portanto, a proposta da Fogueira é para aqueles que querem subir ao Altar e entregar a si próprios com o sacrifício. Esses, certamente, serão abençoados”.
“Medo” da Fogueira
Marcos concorda com o Bispo sobre a prioridade no sacrifício. “Quando se fala em ofertar o seu tudo no Altar, é tudo mesmo, não só no aspecto material. É entregar a si mesmo de corpo, alma e espírito. No início, eu tinha aquele receio de participar da Fogueira, mas era porque eu e minha esposa olhávamos o que tínhamos. Mas o que temos hoje vem do Altar.”
Hoje próspero – e livre da depressão –, o empresário diz: “atualmente não temos o menor medo de nos lançarmos ao Altar. Sim, fizemos sacrifícios mesmo, não foi fácil. E continuamos a fazer porque sabemos que Deus não se importa com a quantia que damos, mas sabe o que está em nosso coração ao fazermos isso. Só em três Fogueiras Santas, não temos palavras para descrever tudo o que Ele nos deu em apenas dois anos”.
E ele sabe que mais conquistas virão: “sei que isso é só uma fatia do muito que ainda receberemos de Deus. Hoje não só vamos ao Altar, nós o ‘respiramos’, o vivemos. Sabemos que é dele que tiramos todo o nosso sustento”.
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Colaborador

Marcelo Rangel, Rê Campbell, Flavia Francellino e Eduardo Prestes / Fotos: Arquivo Pessoal, Reprodução, Daniel Bravo e Demetrio Koch / Arte: Cauê Frota